Os Estados Unidos elogiaram na terça-feira a sentença do principal tribunal líbio que trocou para prisão perpétua a pena de morte contra cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino, e pediram a Trípoli que liberte o grupo.
“É um avanço positivo, mas não o fim do drama”, disse David Welch, funcionário graduado do Departamento de Estado. “Estamos animados com a comutação das sentenças de morte e esperamos que resultem em uma forma e permitir que os profissionais médicos voltem para casa”, disse ele à Reuters.
Os seis estrangeiros haviam sido condenados por contaminarem deliberadamente crianças com o vírus HIV, num caso que abalou as relações da Líbia com os EUA.
Também houve um acordo para indenizar 460 famílias de crianças líbias soropositivas – US$ 1 milhão por família -, o que cria esperança de que os profissionais serão libertados em breve, após oito anos presos.
Welch, secretário-assistente de Estado para Assuntos do Oriente Próximo e principal interlocutor dos EUA com os líbios, elogiou também o acordo indenizatório.
“É gratificante que as preocupações das famílias das vítimas líbias estejam sendo atendidas, porque todos compartilhamos da preocupação com os afetados. Eles foram vítimas inocentes nisso”, afirmou Welch.
Em um sinal de melhoria nas relações, o presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou na semana passada o envio do primeiro embaixador norte-americano a Trípoli em quase 35 anos.