“O Irã é um país que está enriquecendo e processando urânio e a razão para fazer isso é querer uma arma nuclear”, afirmou a porta-voz da presidência, Dana Perino.
“Devemos propor ao Irã um caminho para que tenham um programa nuclear civil. Tudo o que têm a fazer é suspender o enriquecimento e reprocessamento de urânio e então sentar à mesa de negociações para continuarmos discutindo”, acrescentou.
Mohamed ElBaradei, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), falando à CNN, disse que não existem provas indicando que o Irã esteja fabricando armas nucleares, apesar da retórica dos líderes americanos nesse sentido.
“Não recebi qualquer informação de que exista um programa ativo concreto de armas nucleares neste momento”, afirmou diretor da AIEA, advertindo que as ameaças dos Estados Unidos só “jogam lenha na fogueira”.
As declarações de ElBaradei também provocaram uma viva reação de Israel, cuja chanceler, Tzipi Livni, está em Pequim buscando o apoio da China a novas sanções contra o Irã.
“ElBaradei, ao invés de lutar contra o programa nuclear de Irã, tenta lavá-lo e justificá-lo”, declarou o ministro das Relações Estratégicas, Avigdor Lieberman.
O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, também contradisse ElBaradei.
“Nossas informações, corroboradas pelas de outros países, nos dão a impressão contrária”, declarou Morin em uma entrevista coletiva em Abu Dhabi após uma breve visita aos Emirados Árabes Unidos.
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