Após o término de uma reunião Conselho de Segurança sobre o Sudão, Bolton assinalou que “está sendo dado um pouco mais de tempo para que a União Européia (UE) tenha a oportunidade de explorar diferentes opções”.
No entanto, o embaixador americano acrescentou que assim como assinalaram esta semana o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e sua secretária de Estado, Condoleezza Rice, se não houver “uma suspensão verificável das atividades iranianas para o enriquecimento de urânio” os EUA estão preparados “para as sanções no Conselho”.
Além disso, Bolton ressaltou que seu país também estaria disposto a “adotar medidas similares para pressionar economicamente o Irã fora do Conselho”. “Esse é nosso ponto de vista”, afirmou.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com direito a veto, EUA, China, Rússia, França e Reino Unido, mais Alemanha, todos eles representados pelo chefe da Política Externa e de Segurança da UE, Javier Solana, negociam com o Irã a paralisação de seu programa nuclear, do qual suspeitam que possa ter fins militares.
O Irã não cumpriu o prazo estipulado para 31 de agosto pelo Conselho de Segurança para paralisar suas atividades nucleares.
Em resposta aos pedidos feitos pela ONU às autoridades iranianas, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, assinalou na quinta-feira que seu país está preparado para negociar essa suspensão “sob condições justas”, mas não precisou quais seriam estas.
“Atualmente, Solana está vendo com (o secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional do Irã, Ali) Larijani qual será a cidade européia onde eles se reunirão em breve”, disse Bolton.
Enquanto os EUA se mostram dispostos a aplicar sanções contra Teerã, os europeus, assim como assinalou nesta semana o presidente da França, Jacques Chirac, preferem esperar pelo esgotamento da via do diálogo.