É o maior nível desse alerta desde o teste nuclear anterior de Pyongyang, em outubro de 2006.
A Força Aérea dos EUA deve enviar nos próximos dias 12 caças avançados F-22 Raptor para sua base de Okinawa, no Japão. Um porta-voz disse, no entanto, que a manobra já estava decidida antes do teste norte-coreano.
Sanções da ONU
A Coreia do Norte deve enfrentar novas sanções da ONU por ter violado a proibição de testes que datava de 2006. As grandes potências já chegaram a um acordo preliminar sobre o assunto, que deve ser votado na semana que vem pelo Conselho de Segurança, segundo diplomatas ocidentais.
Provavelmente a ONU tornará mais rígidas as medidas já em vigor, como o embargo de armas e restrições financeiras. Os EUA querem também inspecionar cargas que entram e saem de barco na Coreia do Norte, mas a China estaria relutante.
Uma fonte do governo sul-coreano disse à agência de notícias local Yonhap que o Norte parece se preparar para novos atos provocativos, como mais disparos de mísseis de curto alcance na sua costa oeste.
Analistas dizem que com essas atitudes o líder comunista Kim Jong-il quer consolidar ainda mais seu poder e garantir sua sucessão em prol de um de seus três filhos. Ele estaria com a saúde abalada desde um derrame sofrido em agosto.
Especialistas em armas argumentam que, embora a Coreia do Norte esteja se empenhando em construir um arsenal atômico, ela não tem meios efetivos de realizar ataques com uma ogiva nuclear.
Autoridades dos EUA têm pedido à China que pressione a Coreia do Norte a voltar para as negociações sobre seu desarmamento. Muitos analistas, porém, acham que Washington exagera a influência que Pequim tem sobre Pyongyang, bem como a disposição do regime chinês em usar tal influência.
“Sem dúvida a China também quer uma resposta rápida e unida, mas provavelmente não dará tudo que os EUA querem. A China tem suas próprias preocupações”, disse Shi Yinhong, especialista em segurança regional na Universidade Renmin, em Pequim.
U.Seg