Representantes dos EUA e Catar buscam retomar negociações para cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns sequestrados pelo Hamas.
Representantes dos Estados Unidos e do Catar anunciaram uma nova fase de diálogos com o objetivo de retomar as negociações sobre um cessar-fogo em Gaza e a liberação dos reféns sequestrados pelo Hamas. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, revelou que os negociadores devem se dirigir ao Catar em breve, buscando um plano que possibilite a retirada de Israel de Gaza e a reconstrução da vida dos palestinos. Um encontro inicial está agendado entre o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdelrahmane Al Thani, o diretor da CIA, Bill Burns, e o chefe do Mossad, David Barnea. Durante essa reunião, as partes irão explorar alternativas para avançar nas discussões sobre a libertação dos reféns que estão sob a custódia do Hamas.
A morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, trouxe uma nova perspectiva para as negociações, com os EUA acreditando que a possibilidade de um cessar-fogo se tornou mais viável, uma vez que Sinwar era considerado um empecilho para um acordo. Contudo, a identidade do novo representante do Hamas nas conversas ainda é incerta, e Blinken manifestou dúvidas sobre a disposição do grupo para se engajar no diálogo. O Hamas, por sua vez, declarou que está aberto a suspender os combates, desde que Israel aceite um cessar-fogo, retire suas tropas da Faixa de Gaza e concorde com um acordo significativo de troca de prisioneiros. Essa condição é vista como essencial para a continuidade das negociações.
No que diz respeito ao conflito no Líbano, Israel confirmou a morte de mais cinco soldados em confrontos com o Hezbollah. O chefe do Estado-Maior israelense sugeriu que um cessar-fogo em Gaza poderia levar a uma resolução rápida do conflito no Líbano, indicando uma possível interconexão entre as duas situações. Além disso, uma conferência internacional realizada em Paris arrecadou aproximadamente US$ 1 bilhão para apoiar o governo libanês, que enfrenta uma grave crise humanitária e militar. A ajuda é considerada urgente, dada a situação crítica que o país atravessa.