“No que se refere a um possível segundo teste nuclear da Coréia do Norte, concordamos que isso agravaria a situação atual e que não deveria ser realizado”, disse Ban Ki-Moon à imprensa. “Estamos de acordo que, caso ocorra (mais um teste), deverá haver consequências mais graves”, acrescentou.
“A aliança entre Estados Unidos e Coréia do Sul é um dos mais firmes pilares para a segurança na península da Coréia e região”, afirmou Rice. “Os Estados Unidos assumem com muita seriedade seus compromissos em nosso acordo de defesa e atuará” guiando-se por eles, acrescentou a secretária de Estado.
Rice chegou nesta quinta-feira a Seul, na segunda etapa de um giro por Ásia e Rússia para formar uma aliança forte contra a Coréia do Norte, enquanto um representante do governo chinês se encontrou em Pyongyang com o líder norte-coreano Kim Jong-il.
O enviado especial do presidente chinês, Hu Jintao, Tang Jiaxuan, conversou com o líder norte-coreano Kim Jong-Il nesta quinta-feira, em Pyongyang, sobre a crise provocada pelo anúncio do primeiro teste nuclear norte-coreano de 9 de outubro, anunciou o ministério chinês de Relações Exteriores.
O conselheiro de Estado Tang Jiaxuan, que “levava uma mensagem do presidente” chinês Hu Jintao para Kim Jong-il, debateu “as relações bilaterais e a situação na Península Coreana”, disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Liu Jianchao.
“Trata-se de uma visita significativa no âmbito de mudanças importantes na Península Coreana”, acrescentou o porta-voz. Tang chegou na quarta-feira à Coréia do Norte à frente de uma delegação de altos funcionários.
Um alto funcionário americano em Seul disse estar convencido de que os chineses fariam uma advertência “muito forte” ao regime de Pyongyang contra a eventualidade de um segundo teste nuclear, disse nesta quinta-feira um alto funcionário americano em Seul.
“Estou convencido de que os chineses vão deixar uma mensagem muito forte sobre possíveis novos testes”, declarou um alto funcionário do Departamento de Estado americano que acompanha a secretária de Estado Condoleezza Rice em visita a Seul.
Com sua viagem à Ásia, Rice pretende vencer as reticências, sobretudo de Pequim e Seul, quando à aplicação integral das sanções decretadas no sábado pela resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU.
Tanto China como Coréia do Sul têm dúvidas quanto “à interceptação de cargas relacionadas à Coréia do Norte”. Na última quarta-feira, um alto funcionário norte-coreano evocou a possibilidade de realização de um novo teste, em entrevista a rede de TV americana ABC.
“Já anunciamos no ano passado que tínhamos a arma atómica (…) a única coisa que facemos agora é demonstrar, de forma pacífica, que temos essas armas nucleares”, acrescentou o número dois do ministério norte-coreano de Relações Exteriores, Li Gun.
Segundo um deputado sul-coreano membro de uma comissão parlamentar sobre os serviços secretos, a Coréia do Norte poderá realizar mais “três ou quatro” testes. O deputado acredita que o novo teste poderá ocorrer antes de 7 de novembro, data das eleições legislativas nos Estados Unidos.