As declarações de Casey foram feitas durante uma entrevista coletiva em Bagdá junto ao embaixador americano no Iraque, Zalmay Jalizade, na qual explicaram a nova estratégia adotada pelas forças militares.
“Introduzimos mudanças em nossas táticas. Nós nos esforçamos, em cooperação com o governo iraquiano, para envolver os clérigos nos esforços para acabar com a violência”, disse o general.
Casey acrescentou que os EUA “precisam dar ao governo (de Bagdá) o ímpeto necessário para que assuma a responsabilidade da segurança no país”.
O general reconheceu que a situação “é difícil e complicada” e afirmou que é possível que haja a necessidade de os EUA enviarem mais soldados ao país, apesar da redução gradual dos efetivos iniciada em julho.
Casey também acusou os Governos da Síria e do Irã de apoiar os grupos insurgentes envolvidos na luta contra as tropas americanas, mas não informou se dispõe de provas.
O general americano considerou que as tropas iraquianas serão capazes de assumir a responsabilidade pela segurança do país em um “período de entre 12 e 18 meses”.
Jalizade disse que o novo plano prevê a entrega de parte da responsabilidade pela segurança do país ao governo de Bagdá e ao Ministério do Interior, embora não tenha especificado a partir de quando a medida entrará em vigor. O embaixador também rejeitou as afirmações de que o Iraque estava em uma situação melhor sob o regime do ex-presidente Saddam Hussein.
“Temos que lembrar que muitos civis são assassinados por terroristas, mas, no regime anterior, o governo foi responsável pelo assassinato de milhares de pessoas”, disse o diplomata americano.
Pressão por morte de soldados
Dois marines dos Estados Unidos morreram por causa dos ferimentos sofridos em uma “ação inimiga” na província de Al-Anbar, no oeste do Iraque e considerada o principal reduto da resistência, informou hoje o comando militar.
Em comunicado, o comando militar americano informou que os dois soldados foram feridos nesta segunda-feira, enquanto participavam de uma operação de segurança na província, sem dar mais detalhes. Com essas duas mortes, já são nove os militares americanos que morreram no Iraque desde sábado, segundo dados fornecidos pela fonte.
Mais de 80 soldados americanos morreram no Iraque neste mês, o pior do ano em relação a baixas entre as tropas dos EUA. Mais de 2.780 soldados americanos perderam a vida desde a invasão e posterior ocupação do país, em março de 2003.
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