Tensões aumentaram no mês devido à concentração de mais de 100 mil militares russos na fronteira ucraniana, o que motivou os EUA e a Otan a reforçarem suas posições no leste europeu
O governo dos Estados Unidos afirmou que irá trabalhar para evitar que ações por parte da Rússia levem o conflito da Ucrânia à América Latina. O aviso foi dado nesta quinta-feira, 3, pelos americanos, que também informaram que não aceitarão “provocações” após um membro do alto comando russo ter insinuado que estaria acontecendo uma mobilização militar na região.
“Deixem-me ser claro que os esforços para desestabilizar o nosso hemisfério ou trazer o conflito na Ucrânia para o Ocidente são inaceitáveis. E vamos trabalhar com os nossos parceiros no hemisfério para evitar isso”, disse chefe do Departamento de Estado para a América Latina, Brian Nichols.
O chefe de departamento foi questionado sobre declarações feitas em janeiro pelo vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Riabkov, que entre as possíveis respostas de Moscou aos avisos dos EUA sobre a crise na Ucrânia, não excluiu a instalação de infraestruturas militares em Cuba e na Venezuela. Ao responder o questionamento, Nichols relembrou que o posicionamento de militares nos locais já aconteceu no passado.
“Vou apenas sublinhar que, como hemisfério, não aceitamos provocação”, continuou. As tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentaram no último mês devido à concentração de mais de 100 mil militares russos na fronteira ucraniana. Moscou tem repetido que não quer uma guerra com Kiev e não ameaça a Ucrânia, enquanto EUA e Otan têm respondido reforçando as suas posições no Leste Europeu.