Os moradores do Rio de Janeiro sofreram durante a semana que acabou ao encarar temperaturas acima dos 40ºC. E essa situação deve ficar ainda pior já no mês de outubro. O fenômeno El-Niño vai aumentar as temperaturas nos próximos dois verões. Thiago Souza, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, alerta que o fenômeno climático está sobre o oceano Pacífico e espalhará massas de ar quente e seco sobre o Rio, com enfraquecimento das frentes frias.
A previsão do brasileiro está em sintonia com pesquisa do serviço meteorológico da Inglaterra. O estudo revela que 2014, 2015 e 2016 serão os anos mais quentes da história contemporânea em todo o planeta, segundo Rowan Sutton, professor do Centro Nacional de Ciências Atmosféricas de Londres.
A estimativa dos estudiosos é de que as temperaturas sejam de 2,5°C a 3°C superiores às médias registradas já neste ano. A região Sudeste do Brasil já está sob influência do El Niño, mas as previsões assinalam que o forte impacto ocorrerá em outubro. Nos últimos dias, no entanto, o calor já foi infernal na capital fluminense. Nesta sexta (25), o forte calor só foi amenizado no meio da tarde, quando fortes ventos atingiram a cidade. Segundo o Centro de Operações Rio, as rajadas chegaram a 80 km/h em Copacabana. Houve queda de árvores na Lapa e na orla.
Piscinão é oásis de São Gonçalo
Um paraíso refrescante em São Gonçalo. Assim pode ser chamado o piscinão da cidade, no bairro Boa Vista. A área tem 60 mil metros quadrados, sendo 9 mil só da piscina com 12 mil metros cúbicos de água. Todo esse volume ajuda a refrescar cerca de 4.000 pessoas aos sábados e domingos, mas o local tem capacidade para receber 13 mil pessoas. Ontem, foram 200 visitantes tentando aliviar o calor de 39 graus.
Distante das praias de Niterói e mais ainda da orla da zona sul, moradores de São Gonçalo fazem do piscinão sua área de lazer nos dias mais quentes. E de graça. Com 1,5 metro de profundidade o lugar é ideal para crianças, como o pequeno Pietro, de três anos, que ontem se esbaldou com a mãe Tainá Germano e os primos Peterson e Caique. "Aqui é muito mais tranquilo que a praia. Para as crianças, então, é ótimo, elas ficam mais à vontade, além de ser perto da minha casa", disse.
Guarda-vidas do piscinão, o sargento Leonardo Guedes e o cabo Rafael Brandão concordam com Tainá, mas admitem que costuma ter problemas com algumas crianças na faixa de 5 anos. "Elas pensam que o piscinão é todo raso e acabam indo para o fundo e se afogam. Mas estamos de olho e nunca tivemos acidentes graves”, diz.
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