O consumo regular de aspirina reduz o risco de morte em pacientes com câncer colorretal, segundo estudo divulgado na terça-feira pela revista especializada “Journal of the American Medical Association”.
Já se havia demonstrado que a aspirina reduzia o risco de adenoma colorretal (tumor benigno) e que, pelo menos parcialmente, prevenia o crescimento tumoral.
No entanto, se desconhecia que o remédio analgésico também podia ajudar na sobrevivência dos pacientes com este tipo de câncer.
Outros estudos comprovaram que além de ser um analgésico, os ingredientes da aspirina (ácido acetilsalicílico) têm efeitos anti-inflamatórios e anticoagulantes.
O doutor Andrew Chan, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, estudou a relação entre a aspirina e a sobrevivência de 1.729 pacientes de câncer colorretal não metastático.
O consumo regular de aspirina esteve vinculado a uma grande redução no risco de morte por câncer colorretal e a uma redução da mortalidade, indicou o relatório.
Em comparação aos pacientes que não usaram o analgésico após o diagnóstico, entre os que consumiram aspirina o risco foi menor em 29% e a mortalidade geral baixo em 21%, indicou o relatório.
“Estes resultados sugerem que a aspirina pode influir na biologia dos tumores colorretais, além de prevenir sua aparição”, indicou Chan.
No entanto, o cientista indicou que é preciso realizar maiores estudos sobre os efeitos da aspirina, incluindo provas com placebos.