quinta-feira, 21/11/2024
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Estudo global mostra que perseguição religiosa aumentou

Em abril deste ano, uma adolescente da etnia yazidi falou ao Parlamento brit&acircnico sobre os horrores da persegui&ccedil&atildeo praticada pelo Estado Isl&acircmico (EI) contra seu povo no Iraque. Ekhlas foi uma das jovens&nbspraptadas pelos extremistas isl&acircmicos de sua cidade, Sinjar, e foi encarcerada e violada diversas vezes. A menina contou aos deputados como viu seu pai e seu irm&atildeo serem assassinados brutalmente na sua frente e como escapou por pouco da situa&ccedil&atildeo de encarceramento em que foi mantida.

A persegui&ccedil&atildeo dos terroristas do EI contra os yazidi no Iraque se converteu em assassinatos em massa, raptos, tortura, viola&ccedil&otildees sexuais e destrui&ccedil&atildeo de locais de culto nos &uacuteltimos anos. A viol&ecircncia dos jihadistas tamb&eacutem provoca o &ecircxodo em massa de crist&atildeos, yazidis, mandeanos e outras comunidades minorit&aacuterias. O Iraque &eacute um dos 23 pa&iacuteses classificados pelo Relat&oacuterio de Liberdade Religiosa no Mundo da Funda&ccedil&atildeo Ajuda &agrave Igreja que Sofre (ACN) como locais em que a persegui&ccedil&atildeo religiosa atingiu seu n&iacutevel m&aacuteximo.

A 13&ordf edi&ccedil&atildeo do estudo analisou 196 pa&iacuteses desde junho de 2014 e concluiu que pelo menos 38 destes revelaram provas inequ&iacutevocas de viola&ccedil&otildees significativas da liberdade religiosa. Nesses locais, foram relatados casos de persegui&ccedil&atildeo ou discrimina&ccedil&atildeo cometidos tanto por grupos religiosos extremistas ou outras organiza&ccedil&otildees privadas, como pelo pr&oacuteprio Estado. No Mianmar, por exemplo, 66 igrejas foram destru&iacutedas pelo ex&eacutercito local desde 2011.

Segundo John Pontifex, editor chefe do Relat&oacuterio de Liberdade Religiosa no Mundo, de modo geral, os governos s&atildeo os maiores respons&aacuteveis pelas viola&ccedil&otildees de liberdade religiosa. No entanto, nos &uacuteltimos anos, notou-se uma evidente escalada dos problemas causados por atores n&atildeo-estatais, principalmente grupos extremistas isl&acircmicos. Atos de genoc&iacutedio contra grupos minorit&aacuterios foram cometidos pelos extremistas isl&acircmicos na S&iacuteria, no Iraque e na Nig&eacuteria, afirma Pontifex.

O relat&oacuterio tamb&eacutem concluiu que a comunidade religiosa que mais sofre persegui&ccedil&atildeo ou discrimina&ccedil&atildeo no mundo &eacute a de crist&atildeos. Mas, o editor do estudo atenta para um fator importante sobre esse levantamento: os seguidores do cristianismo s&atildeo mais numerosos e est&atildeo espalhados por todo o mundo, tornando os casos de intoler&acircncia numericamente mais expressivos. Comunidades menores, que est&atildeo restritas a &aacutereas espec&iacuteficas, sofrem persegui&ccedil&atildeo em n&iacuteveis muito mais severos, mas que n&atildeo se mostram numericamente ou no n&uacutemero de pessoas atingidas, explica Pontifex.

A intoler&acircncia religiosa tamb&eacutem &eacute um dos principais fatores que contribuem para a atual crise de refugiados mundial. Entre os quatro maiores geradores de refugiados atualmente &ndash S&iacuteria, Afeganist&atildeo, Som&aacutelia e Sud&atildeo do Sul, de acordo com o Alto Comissariado das Na&ccedil&otildees Unidas para os Refugiados (ACNUR) &ndash tr&ecircs s&atildeo dominados pelo&nbspextremismo religioso. Muitas pessoas deixam seus pa&iacuteses especificamente por causa da persegui&ccedil&atildeo, mas a maior parte foge da viol&ecircncia, instabilidade pol&iacutetica e pobreza, dos quais o extremismo religioso foi causa, sintoma ou consequ&ecircncia ou os tr&ecircs em simult&acircneo, aponta o estudo.

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Por: Julia Braun-Veja.Com

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Parmenas Alt
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