O uso da anestesia epidural pode resultar em complicações na lactação a curto e longo prazo, segundo um novo estudo que põe em evidência a anestesia mais utilizada para aliviar as dores do parto.
A pesquisa, divulgada na segunda-feira, dá mais força às mulheres que pensam duas vezes antes de aceitar receber a potente anestesia.
Aos outros efeitos negativos da injeção, como um parto mais longo ou maiores chances de ser necessária a utilização de fórceps, se somam agora problemas com a amamentação que se estendem pelos seis primeiros meses de vida do bebê, um período no qual é recomendado que as crianças bebam unicamente leite materno.
A pesquisa, publicada no “International Breastfeeding Journal”, analisou os casos de 1.280 mulheres que tiveram filhos em 1997.
Elaborado por pesquisadores de Sydney, o trabalho assinala que 93% das mulheres amamentaram seus bebês sem problemas na primeira semana, mas aquelas que fizeram uso da anestesia epidural tiveram mais dificuldades para realizar a lactação com sucesso.
Aos seis meses, 72% das mães que não usaram a epidural continuavam dando leite materno a seus filhos, em comparação aos 53% das mães que usaram a anestesia.
Sue Jordan, co-autora do estudo, assinalou que ele prova que é necessário dar mais apoio às mulheres mais vulneráveis para garantir que os bebês não sofram por causa do que qualifica de “reação adversa, oculta, mas de grande alcance”.