A partir desta semana, 78 mil instituições públicas de ensino irão participar da Semana Saúde na Escola contra o mosquito Aedes aegypti. A ideia é envolver os estudantes em atividades para identificar e eliminar os criadouros do transmissor, responsável por propagar as doenças como dengue, chikungunya e vírus da Zika.
As ações serão realizadas de maneira interativa entre as equipes da saúde e educação. Mais de 140 mil estudantes, de 5.570 municípios do país, estarão envolvidos na prevenção e combate ao Aedes.
Estudantes da educação infantil, de jovens e adultos irão participar. A proposta é mobilizar as equipes das escolas, unidades de saúde, familiares e toda a comunidade na adoção de práticas sanitárias e saudáveis que mantenham os ambientes escolar e residencial, sempre limpos e seguros. O objetivo é eliminar qualquer foco que possa servir como criadouro para larvas do mosquito.
A mobilização é fundamental para redução das doenças provocadas pelo Aedes. Além de desconfortos, podem provocar mortes. Por isso, é preciso uma ação conjunta, envolvimento de todos, da sociedade civil e de governos no combate ao mosquito, enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Desde o segundo semestre de 2015, com o decreto de emergência em saúde pública devido à circulação do vírus Zika e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo vem intensificando as ações educativas e informativas entre a população, inclusive no ambiente escolar.
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Ações do governo deram resultados nos últimos anos
O conjunto de ações adotadas pelo Governo Federal voltadas para a eliminação do mosquito, resultou na queda expressiva nos casos de dengue, Zika e chikungunya. Em 2017, até 25 de março, foram notificados 90.281 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 90% em relação ao mesmo período de 2016 (947.130). Também houve queda expressiva no número de óbitos. A redução foi de 97%, passando de 411 em 2016 para 11 em 2017.
Em relação à chikungunya, a redução do número de casos foi de 73%. Até 11 de março, foram registrados 26.856 casos da febre, o que representa uma taxa de incidência de 13,0 casos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram registrados 101.633 casos neste mesmo período.
Também até 25 de março, o Ministério da Saúde registrou 4.894 casos de Zika, transmitidos pelo mosquito Aedes, em todo o país. Uma redução de 97% em relação a 2016 (142.664 casos). A incidência passou de 69,2 em 2016 para 2,4 neste ano. A análise da taxa de casos prováveis mostra uma baixa incidência em todas as regiões geográficas até o momento. Em relação às gestantes, foram registrados 727 casos prováveis. Não houve registro de óbitos por Zika em 2017.
Com informações da Agência Saúde
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