Em 2020, o desempenho do ex-presidente como cabo eleitoral foi modesto, com apenas cinco dos dezoito candidatos apoiados por ele sendo eleitos.
O principal cabo eleitoral do PL, o ex-presidente, trocou as lives pelas ruas na tentativa de angariar votos para pré-candidatos apoiados por ele, especialmente aqueles que disputarão prefeituras nas eleições de outubro.
Em 2020, o desempenho do ex-presidente como cabo eleitoral foi modesto, com apenas cinco dos dezoito candidatos apoiados por ele sendo eleitos. Naquele período, as restrições impostas pela pandemia e a necessidade de se manter no comando do governo federal limitaram sua capacidade de campanha presencial. Suas declarações de apoio foram majoritariamente feitas através de lives, uma estratégia que, segundo pesquisas, teve alcance limitado devido à gravidade da pandemia e ao comportamento da população.
Agora, em um cenário diferente, o ex-presidente tem investido em uma presença física mais ativa nas campanhas. Desde o início do ano, ele já visitou mais de 20 cidades, incluindo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três principais colégios eleitorais do país. Em março, por exemplo, ele esteve em cinco cidades paulistas, cumprindo agendas com pré-candidatos às prefeituras.
A participação direta do ex-presidente nas campanhas tem sido vista como uma tentativa de manter seu nome em alta, mobilizando a base conservadora para as eleições de 2026. Além de sua presença, seus filhos também têm desempenhado papéis significativos, com a criação de plataformas como a Ação Conservadora, que atua como “coach” para candidatos.
O partido vê no pleito de outubro uma oportunidade para construir bases sólidas e aumentar a capilaridade com mais prefeitos eleitos. Além do ex-presidente, outros nomes importantes como a ex-primeira-dama e o deputado federal também devem desempenhar papéis de destaque como cabos eleitorais.
A meta do PL em São Paulo é eleger de 100 a 150 prefeitos, consolidando-se como um reduto bolsonarista, especialmente no interior do estado, onde o agronegócio tem forte presença. Com a derrota recente do PSDB, o partido acredita que este é um momento propício para conquistar eleitores que tradicionalmente votavam nos tucanos.
Enquanto isso, o PT, com a máquina federal para governar, deve concentrar suas agendas nas principais capitais e cidades próximas. A estratégia do partido é fortalecer lideranças locais e aumentar o número de prefeituras no estado.
A corrida eleitoral de 2024 promete ser acirrada, com o ex-presidente apostando em uma presença mais intensa nas campanhas para garantir um número recorde de prefeituras, formando uma base conservadora sólida para as eleições presidenciais de 2026.
