Os Estados Unidos descobriram cerca de US$ 1 trilhão em depósitos minerais inexplorados no Afeganistão, muito além de qualquer reserva previamente conhecida e suficiente para alterar radicalmente a economia afegã e, talvez, a guerra do Afeganistão em si, segundo membros de alto escalão no governo americano.
A reserva, que inclui enormes quantidades de ferro, cobre, cobalto, ouro e metais industriais, como lítio, é tão grande e tem tantos minerais essenciais para a indústria moderna que pode transforma o Afeganistão em um dos mais importantes centros de mineração do mundo, segundo o membros do governo dos Estados Unidos.
Um memorando interno do Pentágono, por exemplo, aponta que Afeganistão pode se tornar a “Arábia Saudita do lítio”, uma matéria-prima essencial na fabricação de baterias para laptops e BlackBerrys.
A grande quantidade da riqueza mineral do Afeganistão foi descoberta por uma pequena equipe de funcionários do Pentágono e geólogos americanos. O governo afegão de Hamid Karzai e o presidente dos EUA, Barack Obama, foram informados recentemente sobre a descoberta, segundo fontes do governo americano.
Ao mesmo tempo em que a indústria da mineração ainda deve levar muitos anos para se estabelecer no Afeganistão, o potencial do país é tão grande que autoridades e empresários acreditam que a nova descoberta possa atrair investimentos pesados antes mesmo de as minas se tornarem rentáveis, oferecendo a possibilidade de empregos que possam alterar o panorama da guerra.
O valor dos depósitos de minerais recém-descobertos supera o tamanho da economia existente no Afeganistão, que é baseada principalmente na produção de ópio e no tráfico de entorpecentes, bem como a ajuda dos Estados Unidos e outros países industrializados. O Produto Interno Bruto (PIB) do Afeganistão é de apenas cerca de US$ 12 bilhões.
The New York Times/U.Seg