Com o veto da presidente Dilma Rousseff à realização de auditoria da dívida pública na última quinta-feira (14/01), movimentos sociais fortalecem o questionamento: por que tanta resistência em aprofundar o debate sobre como e quem são os beneficiários de quase 50% da receita da União no Brasil (cerca de R$ 1,5 tri)?
As dúvidas se dão, em parte, porque, em nome da crise, cada vez mais recursos são retirados dos serviços públicos fundamentais, enquanto o pagamento (somente de juros e amortização) da dívida permanece intacto. Outro ponto é que a auditoria da dívida está prevista na Constituição Federal de 1988 (Art. 26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT); deveria, portanto, ser natural realizá-la, mas isso nunca foi feito.