O Ministério de Interior da Espanha prendeu nesta terça-feira ao menos dez homens suspeitos de vínculos com o grupo terrorista separatista basco ETA. A maioria das prisões foi feita na região de Navarra.
Os detidos seriam membros de dois grupos cívicos, Ekin e Askatasuna, de apoio ao ETA.
Entre os detidos estaria Iker Moreno Ibáñez, filho de Txelui Moreno, ex-dirigente do Batasuna, braço político do ETA, e porta-voz da denominada Izquierda Abertzale, movimento informal que reagrupou antigos membros do Batasuna, desde que foi considerado ilegal pela justiça espanhola em 2003.
Segundo a imprensa espanhola, as pessoas presas nesta terça-feira são acusadas de tentar reconstruir a cúpula do Ekin, desmantelada em setembro do ano passado em outra operação.
A operação teria sido ordenada pelo juiz da Audiência Nacional (principal instância penal espanhola) Fernando Grande-Marlaska.
As prisões chegam depois de uma semana do anúncio de um cessar-fogo permanente por parte do ETA. O governo espanhol rejeitou a proposta e insiste que o grupo deve abandonar armas para que a caça aos seus membros cesse.
ETA matou mais de 825 desde sua fundação em 1959, como parte de sua campanha pela criação de um Estado basco independente.
F.Com