O preço do macarrão não deve ter redução, mesmo com a queda do dólar, em função da constante valorização que o trigo, sua principal matéria prima, vem sofrendo no mercado internacional, segundo a Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias). A escassez da oferta fez com que o trigo tivesse uma alta expressiva ao longo do último ano.
Segundo a entidade. no ano passado, neste mesmo período, a tonelada do trigo na Argentina –principal fornecedor do Brasil– era comercializada a US$ 145, enquanto o preço atual é de US$ 225.
A Abima também informou que a tendência do mercado internacional de trigo continua alta, principalmente depois que foi divulgado o relatório de oferta e demanda mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, confirmando que os estoques mundiais de trigo para o ano comercial 2007/2008 serão os menores dos últimos 25 anos.
No início do mês de abril, as indústrias nacionais de massas repassaram um aumento de cerca de 10% ao preço do macarrão. O setor alegou a quebra da safra nacional de trigo em 2006 e a escassez na oferta do grão argentino.
O aumento gradativo já se reflete nas gôndolas dos supermercados. Dados da Fipe das primeira e segunda quadrisemanas de maio deste ano mostram que o macarrão teve alta de 1,7% e 1,18%, respectivamente.