A Transunião, que opera com 467 ônibus e está entre as três companhias investigadas, foi utilizada como um canal para o desvio de recursos para o PCC, com Jorge e Devanil Souza Nascimento, ligado ao vereador Senival Moura (PT) e também investigado, no centro das acusações.
Fonte: Estadão
Investigações conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) revelaram provas contundentes da conexão entre um político do PT, ao vereador Senival Moura (PT), e as atividades as atividades do crime organizado. Análises de mensagens em um celular pertencente a Adauto Soares Jorge, ex-diretor da Transunião, uma empresa de ônibus de São Paulo, desvendaram pagamentos semanais de R$ 70 mil ao Primeiro Comando da Capital (PCC), fornecendo evidências significativas de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
A investigação, que surgiu a partir do assassinato de Jorge em março de 2020, trouxe à luz a relação intrincada entre a gestão de empresas de transporte público e o crime organizado. A Transunião, que opera com 467 ônibus e está entre as três companhias investigadas, foi utilizada como um canal para o desvio de recursos para o PCC, com Jorge e Devanil Souza Nascimento, ligado ao vereador Senival Moura (PT) e também investigado, no centro das acusações. Moura é líder da oposição na Câmara Municipal de São Paulo e um dos fundadores da Transunião.
O inquérito destacou o papel do PCC na influência direta sobre as operações da Transunião, evidenciado pela comunicação regular entre Jorge e representantes da facção. Essa relação não só facilitava a lavagem de capitais oriundos de atividades ilícitas, mas também estabelecia uma perigosa conexão entre o crime organizado e figuras políticas, comprometendo a integridade do sistema de transporte público e colocando em risco a segurança da população.
Com informações do Estadão.