O cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa Júnior prestará novos depoimentos à Justiça na terça-feira (16) e quarta-feira (17), no processo militar que apura a participação de membros da corporação no caso das escutas telefônicas ilegais em Mato Grosso.
A expectativa, segundo apurou o , é que o militar – réu confesso na ação – detalhe a participação de membros do Ministério Público Estadual (MPE) no esquema denominado “Grampolândia Pantaneira” e, com isso, colocar promotores e procuradores na mira do Judiciário.
O interrogatório acontece depois de vazar na imprensa que o cabo teve acordo de delação premiada negado pelo MPE mesmo depois que o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal), procurador Domingos Sávio, afirmar que as denúncias repassadas por Gerson continham muitos detalhes, minúcias e “com um monte de provas”.
Ao receber as informações, o procurador do Naco afirma não ter dúvida sobre as afirmações do policial militar, mas mesmo assim, Gerson teve o acordo negado.
Ao , o advogado do cabo declarou que só irá se pronunciar na audiência e disse que não pode adiantar nada sobre provas ou estratégia da defesa.
“Só falarei no dia da audiência do Gerson. Não irei me pronunciar nada antes disso. É só lá [na audiência] que vão acontecer as coisas. Todo mundo está falando aí, mas eu não vou falar nada”, resumiu o advogado do cabo, Neyman Monteiro.
Entretanto, em nota enviada a uma reportagem do site A Gazeta, no domingo, Neyman argumentou ser “estranho” a forma como o Ministério Público tem conduzido o assunto, “isso porque, a todo tempo que estivemos em tratativas, o representante do Naco se mostrou favorável e satisfeito com o material apresentado”.
Em seu depoimento ao Naco, o militar teria citado os nomes dos promotores Samuel Frungilo, promotor Marco Aurélio de Castro, além do ex-procurador-geral de Justiça Paulo Prado.
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