A morte de um menino de 10 anos chocou os moradores de Nova Venécia, municipio ao Norte do Espírito Santo. O local, que tem 45 mil habitantes, praticamente parou diante da brutalidade do crime. O estudante Vinícuis Jacob, de 10 anos, foi seqüestrado por parentes e acabou morrendo asfixiado dentro do porta-malas do carro da família. Ele foi rendido na porta da escola particular onde estudava, no centro de Nova Venécia, e levado pelo casal de criminosos para um motel da cidade.
Vinícius é filho de um empresário do ramo de granito. A prima do menino, Valdirene Nass, 35 anos, foi presa acusada de tramar o crime junto com o noivo, Walter Vespasiano, de 48 anos. Ela chegou a ligar para a família do garoto exigindo resgate de R$ 250 mil. De acordo com o delegado Pedro Paulo Boff, a quem o casal prestou depoimento, o objetivo do seqüestro era extorquir dinheiro dos pais da criança. Os criminosos planejavam fugir, se casar e comprar móveis e uma casa em São Paulo.
O plano não deu certo porque Vinícius morreu sufocado dentro do porta-malas enquanto a mulher negociava o resgate com a familia. Walter envolveu o corpo do estudante em sacos plásticos, amarrou com fita crepe e novamente pôs a vítima no porta-malas.
Uma funcionária do estabelecimento acionou a Polícia, que conseguiu capturar os assassinos. Segundo informações dos policiais, a funcionária do motel desconfiou do casal e acionou os agentes. Quando os policiais chegaram, a criança já estava morta, dentro do porta-malas.
O casal foi preso em flagrante e levado para a delegacia de Nova Venécia. No local Walter confessou o crime mas disse que não tinha a intenção de matar o menino. O acusado revelou ainda que a mentora do crime foi a noiva. Valdirene negou e disse que teria sido convencida por Walter. Os dois foram autuados pelo delegado Pedro Boffy por seqüestro mediante extorsão, seguido de morte, e podem ser condenados de 24 a 30 anos de prisão.