Equador construirá prisões de segurança máxima para combater gangues criminosas
O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou a construção de duas prisões “estilo Bukele” nas províncias de Pastaza e Santa Elena para abrigar os líderes das máfias rebeldes. Segundo Noboa, os locais terão capacidade para 736 prisioneiros e contarão com sistemas de segurança de última geração, como inibição de sinal de celular e satélite, controle de acesso digital e analógico e segurança de perímetro triplo. O objetivo do presidente é prender os líderes das gangues para retomar o controle das demais prisões, que estão sendo dominadas internamente por esses grupos criminosos. A decisão ocorre em meio à onda de violência que o país enfrenta desde a semana passada. Como o site da Jovem Pan mostrou, as gangues têm causado medo e violência nas ruas, com ataques a policiais, explosões de carros e até mesmo um ataque armado a uma estação de televisão. Em resposta a essa situação, o governo equatoriano categorizou as principais gangues criminosas como grupos terroristas e está realizando patrulhas militares para buscar os “terroristas”.
A violência nas prisões equatorianas tem sido um problema recorrente, com mais de 450 prisioneiros mortos desde 2020. Além disso, o líder de uma das maiores gangues, “Los Choneros”, conseguiu fugir recentemente. O governo planejava isolar esse líder e outros chefes de gangues em instalações de segurança máxima até a conclusão das novas prisões. No entanto, os distúrbios continuam em várias prisões do país, com um total de 178 funcionários detidos, incluindo guardas e funcionários administrativos. Diante dessa crise, o governo equatoriano busca assistência internacional. Mais de 38 países se ofereceram para ajudar, e autoridades dos Estados Unidos visitarão o país nas próximas semanas para fortalecer a cooperação na luta contra o crime organizado e o compartilhamento de informações de inteligência. Além disso, a Ministra de Relações Exteriores e Mobilidade Humana viajou a Washington para discutir a situação com a Organização dos Estados Americanos e buscar apoio.
JovemPan