A estudante Karina Souza da Costa, de 28 anos, acusou o ex-marido, o contador Pedro José de Santana Vaz, de 36 anos, de ter elaborado um plano para prejudicá-la junto à Justiça, no processo que travam pela guarda de seus dois filhos. Segundo Karina, o homem, que está com os dois filhos em Macapá (AP), a mandou pegar a mensalidade do colégio das crianças no prédio em que mora, na Bela Vista, centro da capital, na noite da última quarta-feira, 2. Ainda de acordo com a estudante, ela foi imobilizada e chamada de drogada pelo ex-cantor Rafael Ilha e dois homens quando chegou ao edifício.
Na delegacia, o ex-cantor contou que havia recebido um telefonema de Pedro Vaz, solicitando uma internação para a ex-mulher, que seria usuária de drogas e agrediria os filhos do casal, de 3 e 7 anos.
Leia a entrevista concedida por Karina à reportagem do Jornal da Tarde:
O que aconteceu com você?
Estava na academia, tinha feito sete minutos de esteira, quando meu ex-marido, Pedro, me ligou de Macapá. Ele viajou para lá hoje (segunda-feira). Me pediu para ir ao prédio dele porque havia deixado dinheiro com o porteiro para pagar a escola das crianças, que teria de ser paga amanhã (ontem). Mas não tinha dinheiro nenhum. Quando estava saindo do prédio, o Rafael veio e tentou me levar num “resgate”. Falou que eu estava drogada e que ia me levar. Chegou a falar que era policial e mesmo com a chegada da polícia, continuava me segurando.Graças a Deus tive a ajuda das pessoas.
O que você acha que ia acontecer se eles tivessem conseguido colocá-la no carro?
Eles iam me dopar, tinha uma seringa no carro. Me levariam para a clínica. Não tenho família aqui; sou de Belém (PA). Ia sumir do mapa.
Por que você acredita que isso seria feito com você?
Estou em processo de separação há três meses. No domingo, fiz um boletim de ocorrência contra Pedro, que esteve lá em casa tentando me agredir. Ele não está aceitando a separação. Essa acusação de que eu uso drogas era para tirar meus filhos de mim.
Onde estão seus filhos?
Há uma semana, a mãe dele me pediu para levar as crianças para Macapá e eu autorizei.
E agora, o que pretende fazer?
Temo pela integridade dos meus filhos, que estão com a avó e com ele em Macapá. Só penso em ver meus filhos.