O Brasil registrou mais entradas do que saídas de dólares em janeiro deste ano, informou nesta quarta-feira (8) o Banco Central (BC). No mês passado, o saldo dos ingressos e saídas da moeda americana, fluxo cambial, ficou positivo em US$ 7,283 bilhões. O saldo positivo ocorreu depois de três meses seguidos de resultados negativos. A última vez que havia sido registrado saldo positivo foi em setembro de 2011 (US$ 8,484 bilhões).
Desta forma, o ingresso de recursos em janeiro deste ano foi o maior desde setembro do ano passado. Em outubro, novembro e dezembro de 2011, houve saída de dólares do País de US$ 134 milhões, US$ 942 milhões e US$ 1,94 bilhão, respectivamente. Em fevereiro, na última última sexta-feira (3), o BC registrou a maior entrada de dólares no Brasil neste ano.
Em janeiro do ano passado, o saldo era positivo em US$ 15,513 bilhões. Nos três primeiros dias deste mês, as entradas continuaram superiores às saídas, com saldo de US$ 3,794 bilhões.
O resultado do mês passado foi puxado pelo segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), que registrou saldo positivo de US$ 6,902 bilhões. O fluxo comercial (operações relacionadas a exportações e importações) registrou saldo positivo de US$ 381 milhões.
Nos três primeiros dias deste mês, o fluxo financeiro ficou positivo em US$ 3,66 bilhões e o comercial, em US$ 134 milhões.
Neste ano até o dia 3 de fevereiro, o fluxo cambial está positivo em US$ 11,077 bilhões. O segmento financeiro também registra saldo positivo, US$ 10,561 bilhões, assim como o comercial (US$ 515 milhões).
Com a forte entrada de dólares no País e a consequente queda da moeda, o BC retomou operações de compra da moeda. Nesta quarta-feira (8), o BC realizou um leilão a termo (com liquidação futura), a mesma operação realizada na última sexta-feira (3). A última vez que o BC tinha feito esse tipo de leilão foi no dia 26 de julho de 2011. Na última segunda-feira (6), o BC fez um leilão de compra de dólares no mercado à vista, o que não fazia desde 13 de setembro de 2011.
Fonte:
Agência Brasil