domingo, 22/12/2024
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Enquanto Cuiabá investe mais 14% na saúde Várzea Grande cai e só acrescenta 4,7%

Capital está entre as 5 que ampliaram gastos

O anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), aponta que, das sete cidades da Região Centro-Oeste selecionadas para estudo, cinco ampliaram seus gastos em Saúde no primeiro semestre de 2020, que marcou o início da pandemia de Covid-19.

Os dados são comparados ao mesmo período do ano anterior.

O maior incremento para enfrentar a emergência sanitária causada pela Covid-19 foi realizado na cidade de Anápolis (GO), de 22,2%, ao totalizar um aporte de R$ 177,2 milhões no primeiro semestre de 2020, contra os R$ 145,1 milhões do mesmo período, em 2019.

Cuiabá também registrou alta no período analisado, de 18,4%, passando de R$ 365 milhões para R$ 432,1 milhões.

Destaque para as cidades de Aparecida de Goiânia (GO) e Campo Grande (MS), que também registraram aumento acima dos dois dígitos: 16,1% e 13,5%, respectivamente.

Enquanto a primeira ampliou o volume aportado de R$ 172,3 milhões para R$ 200,1 milhões no período, a capital do Mato Grosso do Sul saltou de R$ 505,8 milhões para R$ 573,8 milhões.

Ainda entre as capitais, Goiânia (GO) ampliou as despesas com Saúde em 7,3%.

Foram R$ 240,9 milhões no primeiro semestre de 2020, contra os R$ 224,6 milhões empenados no mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, Dourados (MS) e Várzea Grande (MT) registraram decréscimo no gasto com Saúde no período analisado.

A cidade de Mato Grosso do Sul reduziu suas despesas em 19,9%, indo de R$ 133,4 milhões para R$ 106,8 milhões.

Em Várzea Grande, o recuo foi de 4,7%, saindo de R$ 76,6 milhões para R$ 73 milhões.

Vale ressaltar que a análise regional realizada pelo Multi Cidades observou que as cidades da região Centro-Oeste sofreram com a disseminação do novo coronavírus, posteriormente às demais regiões brasileiras, quadro também registrado na região Sul.

Nelas, a aceleração do contágio e a elevação do número de óbitos foi mais intensa a partir de meados de junho, enquanto que, nas demais, o processo iniciou-se em abril.

Portanto, assim como a Covid-19 se espalha de forma heterogênea pelo país, a resposta em termos de expansão das despesas com Saúde tende a acompanhar o avanço da doença.

No Centro-Oeste, registraram-se maiores dispêndios no segundo semestre de 2020.

RETRATO BRASIL – Para enfrentar a emergência sanitária causada pela Covid-19, os municípios aplicaram cerca de R$ 8,45 bilhões de recursos adicionais em Saúde, na primeira metade de 2020.

A distribuição dos auxílios foi tardia e teve pouca aderência com o cenário da pandemia nas cidades.

A análise regional permite observar que os municípios do Norte (16,5%) e do Nordeste (14,6%) intensificaram seus dispêndios em Saúde acima da média nacional na primeira metade de 2020, movimento menos intenso no Sul (9,2%) e no Centro-Oeste (9,6%).

Cabe destacar que essas duas últimas regiões sofreram com a disseminação do novo coronavírus posteriormente às demais.

Nelas, a aceleração do contágio e a elevação do número de óbitos foi mais intensa, a partir de meados de junho, enquanto que nas demais o processo iniciou-se em abril.

Portanto, assim como a Covid-19 se espalha de forma heterogênea pelo país, a resposta em termos de expansão das despesas com Saúde tende a acompanhar o avanço da doença.

O Sul e o Centro-Oeste, possivelmente registrarão maiores dispêndios no segundo semestre de 2020.

O Sudeste, por sua vez, ficou mais perto da média nacional, com alta de 10,7%, porém, se excluído o Rio de Janeiro onde ocorreu uma redução de 15,9%, o desempenho da região passa a indicar subida de 12,7%.

Os municípios com população entre 50 mil e 100 mil moradores, apresentaram expansão de 15,7% dos gastos em Saúde no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, o maior aumento entre todas as faixas populacionais.

Foram seguidos de perto por aqueles na faixa de 100 mil a 200 mil residentes (14,3%). Os menores, aqueles com até 20 mil habitantes, expandiram seus gastos abaixo da média nacional, incrementando as suas despesas em 9,5%.

De forma geral, aqueles com mais de 200 mil habitantes, elevaram seus gastos em pouco mais de 10%. Isso decorre em grande medida do comportamento de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Enquanto o Rio de Janeiro recuou os seus gastos em saúde conforme já citado, São Paulo apresentou ampliação de 16,9%. Sem essas duas cidades, a elevação dos gastos em saúde foi de 11,3% nessa faixa populacional.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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