Cerca de 7 a 10 milhões de mulheres sofrem de endometriose no Brasil, doença que é a principal causa de infertilidade no sexo feminino.
Segundo o ginecologista José Bento, entre as pacientes com dificuldade para engravidar, metade também tem esse problema, que causa acúmulo de sangue menstrual no abdômen.
A endometriose também provoca cólicas, dor no fundo da vagina e desconforto durante a relação sexual, como explicou o médico Maurício Abrão, presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose. Pode haver, ainda, dificuldade para urinar e evacuar no período menstrual.
Milhares de telespectadores participaram do programa desta terça-feira (26) pelo nosso site, pelas redes sociais e também pela Central de Atendimento ao Telespectador (CAT), da Rede Globo.
A apresentadora Mariana Ferrão foi até o Rio de Janeiro para conhecer o espaço e também receber ligações, que chegam pelo número 4002-2884.
O tratamento da endometriose pode ser feito com medicamentos ou cirurgias, em casos mais graves. Contra a cólica menstrual, os médicos recomendaram compressa de água quente, atividade física moderada e remédios como contraceptivos orais ou progestágenos, desde que com prescrição.
Na operação da endometriose, é realizada uma cauterização dos focos, processo eficaz para o tratamento de infertilidade. E o risco de a doença virar câncer é mínimo: varia de 0,5% a 1% do total. No caso de miomas, os médicos explicaram que 60% das mulheres têm o problema e a maioria não precisa ser retirado cirurgicamente.
Pílula do dia seguinte
Os médicos também falaram sobre a pílula do dia seguinte nesta terça. O comprimido só deve ser usado em casos de emergência, até 72 horas após a relação sexual.
O método não é abortivo e, se o óvulo já tiver sido fecundado, a pílula não fará mal ao feto.
Esse contraceptivo age de diferentes maneiras: impede o espermatozoide de encontrar o óvulo, inibe a ovulação, torna o muco cervical espesso e hostil para o espermatozoide e altera o transporte dos espermatozoides e óvulos nas trompas.
O acesso à pílula do dia seguinte ainda é difícil, e um dos motivos é a exigência de receita médica, o que já não ocorre em alguns países.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 46% dos nascimentos no país não são planejados.
O Ministério da Saúde estuda facilitar o acesso ao remédio que ajuda a evitar a gravidez indesejada, mas sempre orientando as mulheres a procurarem um médico para fazer o acompanhamento.
G1