domingo, 22/12/2024
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Encontro dos servidores federais define novos rumos do Sindsep-MT

Setenta delegados dos 28 órgãos federais de Mato Grosso estiveram reunidos neste feriado para a 10ª plenária e o 7º congresso do Sindsep-MT (Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso). Na ocasião, foram definidos os novos planos de lutas, a readequação do Estatuto, entre outros. No primeiro dia do encontro (dois), a aprovação da prestação de contas da nova diretoria foi a sinalização da satisfação dos sindicalistas nessa nova fase do sindicato.

Foram 69 votos favoráveis e uma abstenção na concessão do aval às contas dos novos dirigentes. Há cinco meses no comando, o presidente Carlos Alberto de Almeida, assumiu o posto após lutas judiciais que destituíram os antigos dirigentes e denegriram imagem da instituição. Por esse motivo, Carlos avaliou a conquista como um pontapé inicial para a reestruturação do Sindsep-MT.

O evento ocorreu no auditório da Estância 3J Hotel Fazenda, em Cangas, distrito de Poconé. O segundo dia foi marcado pela discussão da atual conjuntura que abordou temas sobre a elaboração do Projeto do novo Plano de Carreira, Cargos e Salários do funcionalismo público federal, o PLP 01/2007, que acresce o artigo 71-A à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita os gastos com os servidores públicos que ficariam em 1,5% por 10 anos em função do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

Também esteve na pauta da discussão o PLP 248/98 que regulamenta a demissão de servidores por “insuficiência de desempenho”. A mesa de debates foi composta pelo deputado federal, Valtenir Pereira (PSB), pela representante da CUT-MT, Cristiane Lopes e pelo dirigente da Condsef de Brasília, Sérgio Ronaldo.

O encerramento ficou por contra da readequação estatutária em seu texto e sua normativa, que mesmo com polêmicas chegou num consenso que agradou em unanimidade. No entanto, apesar do empenho para a atingir as metas do congresso, os delegados tiveram momentos de confraternização e se divertiram ao som de música ao vivo de diversos ritmos.

Nova diretoria do Sindsep-MT defende transparência na gestão

A nova diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), tem como presidente Carlos Alberto de Almeida, que foi empossado há cinco meses e já no começo do mandato lançou um modelo de gestão mais participativa e transparente. A nova identidade da instituição, defendida pelos dirigentes, consiste em dar clareza aos gastos e disponibilizar para qualquer filiado a prestação de contas e ações do Sindsep-MT.

Mesmo com pouco tempo de comando da nova gestão, a sede do sindicato passou por várias obras de reestruturação, permitindo, que os filiados tenham mais conforto e também para que houvessem melhores condições de trabalho. Foram adquiridos cinco computadores, uma televisão 29”, além da readequação da estrutura da sede, entre outras ações.

“Agora os servidores têm um sindicato que defende os interesses da categoria”, disse Carlos Alberto. O novo Presidente destacou o compromisso de zelar pelos direitos dos trabalhadores e por isso o Departamento Jurídico tem sido cada vez mais atuante para quem necessitar recorrer ao Sindsep-MT.

Apesar de otimista com os primeiros resultados alcançados, o líder sindical lamentou o episódio que denegriu a imagem do sindicato em meio à irregularidades do grupo de diretores que antecedeu. Ele apontou que a dívida herdada ultrapassa R$ 600 mil, mas esse valor tem sido negociado para amenizar o problema. Até o momento, as dívidas com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão parceladas, dois funcionários que estavam sem receber foram quitados no valor de R$ 15 mil.

Carlos Alberto se mostrou indignado com irregularidades que envolviam compras de perfumes, 24 cheques sem fundo da Caixa Econômica Federal (no total de R$ 48 mil) e a falta de compromisso com os profissionais da instituição.

A nova diretoria está lutando na Justiça para que haja reparo aos danos, o que também envolve as fraudes detectadas no processo de eleição. O dirigente contou que a Comissão Eleitoral burlou o resultados, escondeu urnas e invalidaram votos para favorecer a reeleição do grupo que concorria com ele.

Contudo, ele ainda questiona que – atualmente- assim que foram identificadas as irregularidades o antigo grupo que comandava sumiu, deixando inúmeras dúvidas que ainda pairam no ar, entre elas, o presidente questiona o que foi feito com R$ 1,2 milhão, valor arrecadado durante o período de janeiro de 2003 à maio de 2007.

“Eles não prestaram contas, sumiram com a documentação e ainda estão motivando os credores a entrarem na Justiça contra o sindicato”, pontuou Carlos.

Perfil do presidente – O presidente Carlos Alberto de Almeida é filiado ao Sindsep-MT desde sua fundação, em 1990. Carlos é funcionário da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) há 22 anos e hoje atua no cargo de técnico em cartografia. Durante dez anos foi coordenador estadual do Programa de Leishmaniose Visceral e Tegmentar e também já atuou na parte administrativa. É formado em matemática e especialista em gestão pública e saúde pública. Desde o nascimento do sindicato, o presidente tem sido atuante como filiado, mesmo que nos bastidores.

Thaís Raeli

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Parmenas Alt
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