A polícia encontrou o corpo do jovem Robert Santana, de 19 anos, que foi esquartejado e jogado dentro de um tambor. Não satisfeitos, os criminosos ainda tentaram carbonizar o cadáver, mas apenas partes foram atingidas pelas chamas. O corpo foi localizado ontem de manhã, numa região de chácaras entre o residencial Sonho Meu e a segunda etapa do bairro Pedra 90. Robert, desaparecido desde o dia 11, teria sido morto há alguns dias – o cadáver estava em decomposição.
A execução teria ocorrido no local que é de difícil acesso. A vítima estava com uma mochila escolar que foi semicarbonizada. Parte dela foi pendurada numa árvore próxima de onde estava o corpo. A princípio seria um “aviso” para quem passasse pelo local.
Para policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime seria um acerto de contas envolvendo drogas. Ele teria “dado um banho” – comprou e não pagou – em traficantes da região. Desde então, familiares e moradores próximos sabiam que ele teria sido executado pelos traficantes.
A mãe do jovem procurou o Setor de Desaparecidos da DHPP para registrar queixa. Desde então, os policiais estavam à sua procura. “Tivemos várias denúncias de que ele (Robert) estaria morto e as denúncias apontavam vários locais sobre onde estaria o corpo”, explicou o policial civil Gardel Lima, do setor.
As buscas chegaram até a Delegacia do Complexo do Coxipó. Os policiais receberam várias denúncias, tanto de onde estaria o corpo como quem seriam os autores. Ontem de manhã, o chefe de operações do Coxipó, policial civil Wlademire Lima Barros, recebeu uma informação de onde estaria o corpo.
“Uma pessoa nos procurou e nos levou onde estaria o corpo. Para nossa surpresa, encontramos uma cena de selvageria. O rapaz foi morto com requintes cruéis”, observou. Os policiais suspeitam de três pessoas que teriam praticado o bárbaro assassinato.
Assim que o corpo foi localizado, vários jovens estiveram no local para obter a confirmação sobre a identidade da vítima. Um irmão de Robert, um garoto de 14 anos, esteve no local e reconheceu as vestes do irmão.
No entendimento de policiais que estavam no local, seria uma forma de impressionar os viciados que tentam dar o calote. “É uma cena chocante, mas se trata de um aviso aos usuários que, caso dêem banho, terão o mesmo fim”, disse o policial.
O delegado Antônio Esperândio, de plantão na DHPP, colocou uma equipe para trabalhar no caso. Ele deverá ouvir a mãe do jovem nos próximos dias. Com isso, acredita que poderá ajudar nas investigações. Os nomes dos suspeitos, levantados pelos policiais da Delegacia do Coxipó, foram entregues para a DHPP.