domingo, 22/12/2024
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Empresários florestais buscam tecnologia chinesa para melhorar o setor

Literalmente os empresários de base florestal de Mato Grosso pretendem fazer um negócio da China em 2015 ao resolver dois problemas ambientais que assolam o Estado de uma única vez: os resíduos de madeira e plástico. A ideia veio após a participação de um grupo do setor florestal em uma missão empresarial, promovida pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), no último mês de outubro, à Canton Fair, feira voltada ao setor industrial, que ocorreu na China.

 

Lá o grupo pôde conhecer uma máquina que faz composto de madeira com plástico em meio a meio. O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos (Simava), Voniclei Gasparini, que fez parte do grupo que viajou, disse que ficou muito impressionado com a máquina e o resultado. “Com a solução de dois problemas que nos assolam, os resíduos de madeira e o plástico, com certeza, o meio ambiente agradece se conseguirmos a máquina para Mato Gtosso”, revelou. Como a visita foi rápida ele explica que, no momento, o custo para trazer a máquina será levantado e estão buscando mais informações sobre sua funcionalidade.

 

De acordo com ele, não existe nada similar no Brasil. O mais próximo é na Bolívia. Dessa forma, Mato Grosso sairia na frente. “Mas ainda temos que buscar mercado para isso”, garante, cauteloso. Gasparini informa ainda que vai buscar mais detalhes através do Centro das Indústras Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e obter mais informações. Para ele essa é uma boa maneira de equilibrar indústria e meio ambiente e tornar o país mais competitivo. “Brasil diminuiu um por cento seu PIB no último ano enquanto a China cresceu pouco para os padrões deles, ‘apenas’ 7%”, avalia.

 

Outro que também gostou da ideia da máquina foi o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), Roberto Rios, que também fez parte da comitiva à China. “Uma solução para o pó de serra encontrada lá (China) é a mistura com plástico. Isso resolveria dois gargalos de Mato Grosso”, comentou. A expectativa da viagem, segundo ele, era ver máquinas e equipamentos para madeira acabada. Contudo, a feira era direcionada a outros segmentos não muito para a madeira. “Mas vimos também parte de material de embalagem e pensamos que o Cipem pode criar cooperativa de consumo para comprar máquinas em grupo como a de fitas de amarrar e pneus e serras”, destacou.

 

Os dois diretores sindicais pensam em criar essa empresa de consumo para 2015 e um grupo para nortear as empresas a fazerem decks e forro de madeira com plástico. “Ideia é voltar à China para conhecer melhor essa tecnologia e implantá-la por aqui. Precisamos entender a parte técnica”, garantou Rios.

Na opinião de Paulo Seelend, representante do Fundo de Apoio à Madeira (Famad) e que acompanhou o grupo à China, a viagem foi uma abertura de mercado fantástica. “Muito bom para o empresariado conhecer outra realidade da forma organizada e agressiva como os chineses trabalham para buscar e inovar para manter mercados”, avaliou.

 

Ao todo foram 13 dias de visitas às cidades de Pequim, Guangzhou e Hong Kong. O grupo também foi composto por Jaldes Langer, também representante do Famad e José Eduardo Pinto, associado do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad); junto com representantes da Fiemt e do Sebrae e empresários de outros setores como cerâmica, construção civil e Senai.

 

 

 

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Parmenas Alt
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