A polícia desconfia que a empresária Márcia Barbosa, de 50 anos, assassinada com três tiros de pistola anteontem à noite num banco de uma praça no bairro Goiabeiras, tenha sido vítima de crime passional (envolvido em paixão). Esta suspeita ficou mais consistente à medida em que testemunhas confirmaram que o autor do assassinato é um homem que aparenta ser baixo e forte. Amigos da vítima disseram que ela teve um caso amoroso com um homem com essas características, que não aceitava a separação, e que a teria ameaçado após o rompimento.
De acordo com policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), um rapaz com aparência física semelhante foi visto passando pela praça momentos antes do crime. A empresária foi morta quando estava sentada num banco da praça Popular, no bairro Goiabeiras. Ao contrário do que a Polícia informou, a empresária estava com o cachorro e não com o filho, Francisco Barbosa, de 20.
No momento do assassinato, o filho retirava o carro da garagem a pedido da mãe, que pretendia sair. Como o filho estava sem a carteira de motorista, a mãe decidira que era ela quem ia dirigir o automóvel.
Segundo o delegado Roberto Amorim, responsável pelas investigações, a polícia recebeu a informação de que Francisco estava com a mãe, mas a dúvida foi desfeita após ele conversar com o porteiro do condomínio. Ele (Francisco) ouviu os tiros e foi avisado pelo porteiro. Então, tentou sair do carro, ou abrir alguma coisa e acabou se ferindo nos pulsos”, explicou.
Minutos antes do crime, a empresária desceu de seu apartamento localizado no 10º andar e fez sua habitual caminhada pela praça, com o cachorro, parando finalmente num bancos, onde se sentou. Ela ficou sentada no banco aguardando o filho, com quem ia sair de carro em instantes. Testemunhas disseram que um homem pilotando uma motocicleta parou o veículo na calçada, sacou uma pistola e descarregou a arma contra a empresária, matando-a no local.
Um morador próximo disse que estava na praça e que, por muito pouco, não foi atingido por uma bala perdida. “Foi tudo muito rápido. O criminoso chegou e atirou quatro vezes e depois fugiu em alta velocidade”, disse o morador, que esteve ontem de manhã na praça. Ele acrescentou que a empresária tinha o costume de todo final de tarde ir até a praça e fazer caminhada.
Márcia era proprietária de uma revenda de sementes na Capital e exportava o produto para a Bolívia, onde um irmão seu possui uma propriedade rural. Ela estava separada do marido e morava no Edifício Imperial, próximo da Praça.