A empresa Aeroimagem Aerofotogrametria trabalha em ritmo acelerado. Desde o início dos trabalhos, 35 mil imóveis dos 120 mil existentes em Várzea Grande já foram cadastrados. São visitados semanalmente uma média 3,5 mil imóveis – incluindo imóveis edificados e terrenos baldios -, mas o número poderia ser maior caso os funcionários da empresa não encontrassem dificuldades no fornecimento dos dados pelos proprietários.
Segundo Jorge Eduardo Silva Melo, representante da empresa, dos imóveis visitados pelo menos 10% não existem no cadastro imobiliário da prefeitura e os proprietários evitam passar informações como detalhes sobre o imóvel.
Jorge esclarece que na primeira visita os funcionários da empresa procuram pelo proprietário, registrando data e hora da visita. “As anotações são para que a segunda visita seja feita em horário diferente. Se mesmo assim não encontremos o proprietário em casa deixamos um bilhete com a codificação do imóvel pedindo para que os moradores agendem uma visita. Não havendo resposta, fazemos a terceira visita e finalizamos os trabalhos com a vistoria externa do imóvel”, explica.
Para fazer o levantamento cadastral, os funcionários da Aeroimagem utilizam alguns documentos referentes ao imóvel e o número do CPF do proprietário. “Em alguns casos, a pessoa tem resistência em fornecer o número do documento e o responsável pela empresa esclarece que os funcionários vão uniformizados, com crachá e o telefone da empresa. A pessoa inclusive pode ligar e esclarecer suas dúvidas”, esclarece Jorge.
Durante o trabalho, os técnicos observam as características do terreno, da edificação, realizam a medição da área construída e caracterização das atividades que estejam sendo exercidas no imóvel.
O secretário municipal de Fazenda, Bolanger José de Almeida, destaca que com o geoprocessamento haverá um recadastramento de 100% dos imóveis da cidade. Como ponto positivo, o município terá um incremento significativo na arrecadação do IPTU já para 2008.
“O geoprocessamento será mais amplo do que um simples levantamento cadastral. Ele vai produzir dados da cidade de Várzea Grande e de seus moradores, que servirão para o planejamento da educação, saúde e demais áreas públicas. Definirá as políticas públicas da cidade”, destaca.
O titular da pasta lembra que também haverá aumento no número de imóveis, estimado em cerca de 20%. Pelo cadastro imobiliário da cidade – banco de dados pelo qual a Prefeitura se baseia para a cobrança atual do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) – existem 120 mil imóveis, dos quais 70 mil são edificados e os 50 mil restantes são terrenos.