As condições do emprego no País apresentaram melhora no primeiro mês do ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de uma leve alta na taxa de desemprego, o número de ocupados com carteira assinada nas seis principais regiões do País cresceu 8,7% em janeiro ante igual mês do ano passado, alcaçando o maior patamar da história.. Além disso, a renda do trabalhador ficou em R$ 1.172,50 em janeiro, com aumento de 3,4% na mesma base de comparação.
Os sucessivos aumentos no número de trabalhadores com carteira nas seis principais regiões do País fizeram com que a participação dos empregados com carteira no total de ocupados chegasse ao maior patamar da série da pesquisa, iniciada em 2002, em janeiro deste ano, alcançando 43,8% dos ocupados. Em janeiro do ano passado, a fatia dos com carteira não ultrapassava 41,7%.
Segundo o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, disse que com o crescimento da participação dos empregados com carteira, os trabalhadores formais já são mais de 50% da força de trabalho nas seis regiões. Isso porque, somando os com carteira e os militares e funcionários públicos, que totalizam os empregados formais, a participação total no número de ocupados em janeiro era de 51%. “A formalização é resultado de um cenário econômico favorável”, disse.
Taxa média
A taxa de desemprego nas seis regiões subiu para 8% em janeiro, ante 7,4% em dezembro passado. Mesmo com a alta, a variação é a menor para um mês de janeiro da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2002. Em janeiro de 2007, a taxa de desemprego estava em 9,3%.
A população ocupada nas seis principais regiões metropolitanas do País somou 21,26 milhões em janeiro, com queda de 0,6% ante dezembro de 2007 e aumento de 3,6% na comparação com janeiro de 2007. A população desocupada, segundo o IBGE, alcançou 1,84 milhão nas seis regiões, com aumento de 7,5% ante o mês anterior e queda de 12,1% no confronto com igual mês de 2007.
O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, explicou que o aumento da taxa em janeiro em relação a dezembro responde a um movimento puramente sazonal, já que isso sempre ocorre no primeiro mês do ano em relação ao último mês do ano anterior. Em janeiro, são dispensados os funcionários temporários contratados para o final do ano, reduzindo o número de ocupados, enquanto cresce a procura por uma nova vaga, que havia caído na última semana de dezembro.
“Não há economia aquecida que evite que a taxa suba em janeiro”, afirmou Azeredo. Segundo ele, a trajetória positiva do mercado de trabalho do ano passado prossegue no início de 2008, com aumento do emprego formal e de recuperação do poder de compra dos trabalhadores.