Apesar da conjuntura econômica adversa na Europa e nos Estados Unidos, a geração de empregos formais no Brasil continua aumentando, embora em ritmo menor. Apenas neste ano de 2011, foram criados mais de 2 milhões de postos com carteira assinada (2.079.188), equivalentes ao crescimento de 5,78% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010.
A marca é considerada recorde nos primeiros nove meses do governo da presidenta Dilma Rousseff. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (18), pelo Ministério do Trabalho e emprego.
Desde janeiro de 2003 foram criados no Brasil 17.463.630 empregos formais. O resultado manteve a trajetória de crescimento do emprego formal registrado nos últimos anos, com o setor da Indústria de Transformação sinalizando um menor dinamismo, quando comparado com os resultados médios obtidos no período de 2003 a 2010, período de melhor comportamento para o setor na série histórica do Caged, contrapondo-se com o desempenho do setor Serviços, que obteve um desempenho bem acima da média para o período.
“Tivemos uma queda na geração de empregos na Indústria de Transformação por conta da concorrência dos produtos importados. Por isso a necessidade freqüente de protegermos a indústria nacional dessa concorrência, que altera muito a nossa Economia”, disse do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
O número de admissões foi de 1.763.026 e o de desligamentos foi de 1.553.948, ambos os maiores para o mês de setembro, segundo o ministério.
O aumento do emprego, em setembro, decorreu do desempenho positivo em sete dos oito setores de atividade: Serviços (91.774 vagas, o terceiro melhor resultado para o mês), Indústria de Transformação (66.269), Comércio (42.373), Construção Civil (24.977), Extrativa Mineral (1.831), Administração Pública (1.714) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (1.014).
A Agricultura, por motivos sazonais, registrou uma perda de 20.874 postos de trabalho, grande parte atingida pelo plantio de café. O bom desempenho do setor Serviços deveu-se à expansão generalizada dos seis ramos do setor, com dois deles registrando recorde, um segundo melhor resultado e outro apresentando o terceiro maior saldo. O ministério prevê que os meses de outubro e novembro deverão obedecer a uma tendência de crescimento.
Recorde
As informações mostram, ainda, que houve desempenho recorde em cinco estados: Rio de Janeiro (23.903), Sergipe (4.649), Tocantins (1.154), Amapá (952) e Roraima (748). Entre as regiões brasileiras, a Nordeste foi a que registrou o melhor desempenho em setembro, com 89.424 novas vagas geradas. Logo depois estão o Sudeste, com 67.107 empregos; Sul, com 29.958; Norte, com 12.377 (o segundo melhor desempenho para o período); e Centro-Oeste, com 10.212.
Salário
Nos primeiros seis meses de 2011, os salários médios de admissão revelaram um aumento real de 6,16% em relação ao mesmo período de 2010, passando de R$ 885,36 em 2010, para R$ 939,90 em 2011. No recorte por gênero, o aumento real do salário médio obtido pelos homens foi de 7,28%, frente ao aumento de 4,39% para as mulheres. Em conseqüência, a relação entre o salário real médio feminino versus masculino reduziu de 87,64% em 2010 para 85,28% em 2011, indicando um aumento da diferença dos salários auferidos pelas mulheres frente aos percebidos pelos homens.
Fonte:
Ministério do Trabalho e Emprego