Já parou para observar aquela amiga que viajou e trouxe novidades, aquela colega de trabalho que faz docinhos para vender na hora do almoço, aquela vizinha que passa todos os dias oferecendo um produto artesanal diferente, aquele grupo de adolescentes que se juntam para empreender uma ideia que surgiu na faculdade, ou aquela mãe de família que se viu obrigada a improvisar o pão caseiro para venda pois o marido devido a pandemia está desempregado.
Até ai, tudo ok! Mas quantas dessas pessoas citadas continuam a prosperar, ou inovando, tendo seus devidos lucros? Aqui em diante começa nossa conversa, pois empreender algo é: a incitava de implementar novos negócios, disposição ou capacidade de realizar projetos, serviços, negócios.
Porém existe dentro deste entendimento uma classificação que nos desperta para uma realidade “EMPREENDER POR NECESSIDADE”.
O Brasil tem a 7ª maior proporção de mulheres entre os empreendedores iniciais e responsáveis por 34% dos empreendimentos criados no Brasil em 2018, segundo estudo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) feito em 49 países.
A proporção de negócios por necessidade é maior no grupo das mulheres: 44% contra 32% dos homens, de acordo com a mesma pesquisa. Na média nacional, as mulheres são “donas do negócio” em apenas 34% das empresas.
Vamos aos fatos:
Ao ler e pesquisar inúmeras histórias de sucesso no empreendedorismo Feminino, vejo em todas as falas um tom Realista. Como assim? As redes sociais só mostram a lado bonito do empreendedorismo, o lado do negocio que deu certo, ou que está dando certo, aí algumas mulheres tentam fazer o famoso Ctrl+c Ctrl+v e logo se depara com a frustação da realidade.
Muitas mulheres começam a empreender sem possuírem o mínimo de conhecimento ou estratégia de negócios, não sabem que por trás de qualquer reconhecimento tem um trabalho surreal.
Segundo “Ana Fontes – Presidente do instituto do Rede mulher Empreendedora “O suor e dedicação também vem acompanhados de erros, erros esses que deveriam ser melhor explorados, inclusive nas redes sociais e mídia, para que outras mulheres possam aprender com as falhas”.
Levanto aqui essa provocação, neste cenário atual enfrentando a pandemia a ansiedade x necessidade tem gerado uma corrente imediatista por parte de mulheres corajosas e batalhadoras. Não se vence uma guerra somente pela força, assim também ter determinadas habilidades não é garantia de sucesso.
O fato é: Esse Cenário tornou-se um campo de batalha, com soldados fortes e destemidos perambulando sem nenhuma estratégia e orientação, aí uma grande maioria morre na primeira emboscada. Essa analogia descreve a real situação, não a glamourização, o que a mulher realmente enfrenta para empreender seu negócio. A desinformação no meu ver se torna um inimigo cruel e implacável.
Então separei aqui 5 sugestões de mulheres que conseguiram empreender, que podem levar você mulher a reflexão;
1. Precisa gostar de resolver problema porque empreendedorismo é resolução de problema.
2. Tem que gostar de aprender sempre, aceitar críticas e revisitar os erros.
3. Se autoconhecer e se entender porque a motivação pessoal tem altos e baixos. Se não estiver emocionalmente bem suportada, o impacto das oscilações é ainda maior.
4. Entenda sua vocação e saiba trabalhar em rede, construir e fomentar redes, trabalhar em parceria. Isso tira a responsabilidade de você ter que saber tudo, precisa mesmo é saber a quem recorrer que sabe mais do que você naqueles assuntos.
5. Faça uma boa gestão da ansiedade.
Nós mulheres precisamos entender que não existe uma formula precisa, cada negócio tem seu produto, características e desafios, e o caminho até o sucesso te apresenta um desafio maior; não só alcançar, mas se manter no mercado. Porém aprender, estudar, adquirir propriedade sobre seu negócio fará toda a diferença, não faça o cola e copia, crie seus diferenciais, singularidade, qualidade, o encantar o cliente são passos necessários para se empreender. Empreender é desafiador e muitas vezes leva tempo até se conhecer o sucesso. Em resumo não se compare, apenas se inspire em casos e experiencias reais e vá à luta.