A emissão de cheques sem fundos registrada pela pesquisa da Telecheque para Mato Grosso foi de 1,85% no mês de setembro. Um percentual 79,61% maior que o índice de agosto (1,03%). No comparativo com o mesmo período do ano passado, que teve índice de 1,70%, a inadimplência em setembro de 2006 foi 8,82% maior.
Apesar da inadimplência mato-grossense não ter caído no comparativo entre os meses de setembro deste ano com o de 2005, como aconteceu na média nacional, que teve baixa de 16,73% em 2006, não houve uma elevação significativa, quando comparada a outros Estados do país.
Conforme análise do presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT) Pedro Nadaf, os resultados refletem uma cautela maior por parte do sistema de liberação de crédito somada a consultas sobre restrições por parte das empresas. “Essas práticas têm controlado o volume de inadimplência”, destaca.
A queda da inadimplência foi uma constante em 14 dos 19 Estados pesquisados pela Telecheque. O grande destaque recaiu sobre três Estados; Rio de Janeiro, com queda de 38,15% na variação anual, Goiás com 33,20%, e São Paulo com 29,69%. “O consumidor está evitando o endividamento e o descontrole financeiro”, acredita o vice- presidente da Telecheques, José Praxedes Neto.
Na comparação mensal, a pesquisa aponta baixa da inadimplência em 12 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. A queda mais significativa foi registrada na Paraíba, de 44,16%. O Estado registrou índice de cheques sem fundos de 1,72% em setembro deste ano, e em agosto de 1,23%.
Em sentido contrário, ou seja, com alta, ficou o Estado do Rio Grande do Norte com a maior inadimplência no comparativo anual, com 396,63%. Um dos motivos apontados na pesquisa para o registro desses índices está na alta que o Estado registrou no mês de setembro, com a emissão de 4,42% de cheques sem fundos. O maior índice registrado no mês. Logo atrás ficou Sergipe, com a variação anual de 148,95% e taxa de inadimplência de 3,56% em setembro de 2006.
fonte: mto