A embolização de mioma uterino é uma técnica nova que tem ganho grande aceitação na comunidade médica por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, com curto período de internação e alto índice de sucesso clínico. Nesta sexta-feira, foi realizada a primeira embolização de mioma uterino em Cuiabá, na Hemodinâmica Cinecor, no Hospital São Matheus. O procedimento foi realizado pelos médicos cardiologistas intervencionistas, Ivone Nascimento e Agnaldo Azambuja.
A embolização contou também com a participação do médico radiologista intervencionista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), Henrique Elkis. “Foi tranqüilo e ótimo. O procedimento endovascular é minimamente invasivo, sem cortes e com o mesmo resultado que as cirurgias convencionais”, destacou Elkis.
A paciente, Lucilene Rodrigues de Lima, 38 anos, tinha dois miomas com 420 cm³, o que representava seis vezes o tamanho normal do útero. Lucilene Lima fez uma cirurgia para retirada de um mioma em 1998 e já teve aborto espontâneo.
“O mioma foi detectado nos exames periódicos do ginecologista. Eu optei pela embolia (tratamento endovascular) porque não tem corte, apenas um furo. Na retirada do antigo mioma, fiz uma cirurgia que é praticamente uma cesárea e o pós-operatório muito sofrido. A cirurgia foi rápida e tranqüila, os médicos me disseram que eu até ronquei”, disse Lucilene Rodrigues de Lima.
O mioma uterino é um tumor benigno que acomete as mulheres no período reprodutivo, que pode causar sangramento acima do normal, ter compressões na bexiga, dificuldades para engravidar e dores intensas. Os tratamentos convencionais baseiam-se na retirada do mioma (miomectomia) ou a retirada total do útero (histerectomia) por via cirúrgica convencional ou vídeo laparoscópica. Outra forma de tratamento é hormonal, mas com alto índice de reincidência após sua suspensão.
Na embolização – técnica que veio a ser incorporada no arsenal terapêutico na miomatose uterina, se faz uma punção da artéria femural e com auxílio de um cateter (tubo muito fino, macio e flexível) que chega até o útero, onde são injetadas pequenas partículas (microesferas) no vaso sanguíneo causando obstrução e interrupção do fluxo sanguíneo que irriga o mioma. O tratamento endovascular não tem cicatriz, preserva o útero e o tempo de internação é de 24 horas a 48 horas. Num período de três dias a paciente não pode carregar peso, subir e descer escadas.
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Cinecor Hemodinâmica – Hospital São Matheus
Assessoria de Imprensa – Juliana Michaela