O embaixador dos Estados Unidos em Bagdá, Ryan Crocker, anunciou hoje na saída de sua reunião com o representante iraniano, Hassan Kazemi, que não foram alcançados grandes avanços, mas ressaltou que a reunião foi “positiva”.
Em entrevista coletiva, Crocker disse que “os iranianos não responderam a grande parte das questões relacionadas ao encontro”, o primeiro direto entre os dois países desde que romperam relações diplomáticas, em 1980, devido à chamada “crise dos reféns”.
Mais de 50 americanos permaneceram cativos durante 444 dias em sua embaixada em Teerã entre novembro de 1979 e janeiro de 1981, depois da derrocada do Xá Mohammed Reza Pahlevi e a instauração de um regime islâmico.
O encontro
O encontro acontece em meio a acusações cruzadas entre os dois países por seu intervencionismo no Iraque.
Um porta-voz do Ministério de Exteriores iraniano acusou no sábado passado os serviços de inteligência dos EUA de recrutar espiões para cometer atos de sabotagem em áreas fronteiriças do país com o Irã.
Já os americanos acusaram em várias ocasiões o Irã de fornecer armamento pesado, como foguetes e bombas, às milícias xiitas e a alguns grupos insurgentes sunitas que operam no Iraque contra o Governo.
Maliki disse em seu discurso de abertura da cúpula de hoje, que confia em que a reunião será “positiva, transparente e ajude num alto grau de responsabilidade”, segundo a emissora de TV oficial iraquiana “Al Iraqiya”.
O primeiro-ministro acrescentou que considera que seu Governo será protagonista nas negociações, “buscando dirigir o diálogo na direção correta”.
Além disso, Maliki expressou sua confiança em que o conflito no Iraque seja o principal assunto na agenda dos diplomatas
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