quinta-feira, 21/11/2024
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Em momentos opostos, Botafogo e Flamengo iniciam semifinal da Copa do Brasil

Em momentos opostos, Botafogo e Flamengo se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h45, no estádio do Engenhão, no Rio, pela primeira partida da semifinal da Copa do Brasil. Sem o peruano Guerrero, ainda lesionado, o clube rubro-negro tenta interromper a má fase na estreia do técnico colombiano Reinaldo Rueda. No rival alvinegro, a tranquilidade da boa fase só foi quebrada pela repercussão de um comentário feito pelo treinador Jair Ventura sobre a contratação de técnicos estrangeiros – diante da polêmica que o comentário gerou, o botafoguense divulgou nota elogiando Rueda.

Dois dias após assumir o Flamengo, Reinaldo Rueda já tem um jogo decisivo. Aos 60 anos, o técnico campeão da Copa Libertadores no ano passado pelo Atlético Nacional, da Colômbia, faz suspense sobre a escalação. Não que tenha muitas opções – além da ausência de Guerrero, quatro atletas não poderão jogar porque, contratados recentemente, não puderam ser inscritos na Copa do Brasil: o goleiro Diego Alves, o zagueiro Rodolpho, o meia Éverton Ribeiro e o atacante Geuvânio.

Outro entrave burocrático diz respeito ao próprio técnico, contratado para substituir Zé Ricardo: por ser colombiano, ele depende de um visto de residente para poder trabalhar oficialmente no Brasil. O Flamengo espera obter esse documento antes do jogo desta quarta-feira.

Entre as principais escolhas de Reilnaldo Rueda para a partida desta quarta-feira estão Alex Muralha ou Thiago no gol, Juan ou Rafael Vaz na zaga e quem será o substituto de Guerrero – o escolhido deve ser o colombiano Berrío, que o treinador já conhece dos tempos de Atlético Nacional.

“O Botafogo tem nosso total respeito, é uma grande equipe que vai jogar em casa. Mas a qualidade do nosso elenco, o que conquistamos juntos e o histórico de cada jogador fazem com que se dispense comentários e esclareça qualquer tipo de dúvida. Derrotas e decepções na trajetória de uma equipe fazem parte”, afirmou o meia Diego.

A pressão pela conquista da Copa do Brasil aumentou na Gávea em função da má campanha do Flamengo no Campeonato Brasileiro: com três derrotas e um empate nos quatro últimos jogos, o clube está em sétimo lugar com 29 pontos, a 18 do líder Corinthians. A melhor e talvez única chance de conquistar um título nacional neste ano, portanto, é a Copa do Brasil.

No Botafogo, que no Brasileirão subiu três posições após derrotar o Grêmio na última rodada e agora ocupa o oitavo lugar com 28 pontos, o clima de tranquilidade só foi rompido pela polêmica causada por uma declaração de Jair Ventura. “Não que eu seja contra os estrangeiros trabalharem aqui, mas estamos perdendo mercado lá fora. Daqui a pouco perdemos o interno. Desejo sorte ao Rueda, mas temos que repensar. Estão tirando o espaço dos outros que querem trabalhar”, afirmou o técnico do Botafogo em entrevista ao canal Fox Sports, na última segunda-feira.

Diante da repercussão negativa, Jair Ventura divulgou nota em que faz elogios ao técnico rival e reclama que a Europa não reconhece a licença emitida no Brasil para trabalhar como técnico. “Quero esclarecer que acho legítimo o direito de qualquer clube brasileiro contratar um treinador estrangeiro. Há muitos profissionais competentes em outros países, com condições de repetirem aqui o sucesso que tiveram em outros lugares, como é o caso de Rueda, que tem um currículo admirável”.

Em entrevista coletiva depois do treino desta terça-feira, o técnico voltou ao tema. “Eu sou um cara bem espontâneo e que fala o que penso. Acho que não me fiz entender. Não falei da situação de vir estrangeiros. E sim de vir. O brasileiro não consegue trabalhar fora porque exigem uma licença para trabalhar em outro país. Então por que não exigir dos nossos colegas estrangeiros?”, afirmou. “Mas nada contra o Rueda. Nos enfrentamos duas vezes nesse ano, tem padrão tático, trabalho em seleções. Como vou ser contra? Trabalhei nove anos fora do país. Estudei e quero trabalhar fora do país. Só queria igualdade. Foi isso que eu quis falar”, completou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EstadãoConteúdo/Istoé

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Parmenas Alt
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