Na audiência da 9ª Vara Cível da Capital, o ex- conselheiro Humberto Bosaipo negou conhecer o caseiro de Guarantã do Norte (712 km de Cuiabá), José Ribeiro, marido da presidente União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (Ucmmat), Edileuza Ribeiro.
Ele acusa Bosaipo e o ex-presidente da Assembleia legislativa, José Riva (sem partido), de usarem seu nome para criar a gráfica “fantasma” Guanabara para desviar dinheiro da Assembleia Legislativa.
O caseiro pede uma indenização por danos morais e materiais, no valor de R$ 2 milhões, além de uma pensão mensal de 10 salários mínimos, o que corresponde R$ 7,8 mil.
O ex-deputado Riva não compareceu na audiência porque foi liberado de prestar depoimento. Conforme o juiz Gilberto Lopes Bussiki, o ex-parlamentar prestou depoimento pessoal. “Ele podia se ausentar, agora, se fosse intimado e não comparecesse, seria pena de confissão”.
Já o ex- conselheiro negou conhecer José Ribeiro. “Nunca tive contato, conheci a esposa dele que é vereadora, mas esse senhor o nunca vi. Sou da região do Araguaia nunca estive na região dele que é Guarantã”, falou.
O advogado Miro Agostinho alega existência de provas no altos do processo de que o CNPJ pertence ao seu cliente. “O senhor José nunca viu esse dinheiro e ainda, usaram o nome dele pra nomeá-lo como servidor da AL. As provas estão nos altos, existe outro processo criminal. Aqui é ressarcimento dos danos causados moralmente ao meu cliente que teve o nome usado por terceiros”.
Humberto Bosaipo não quis dar entrevista e o advogado dele qualifica a ação de "aventura jurídica". As partes têm prazo de 10 dias para apresentar alegações, para o processo seguir sentença, no dia 15 de dezembro.
Empresa de fachada
O esquema foi revelado pelo Ministério Público em 2003. Segundo a denúncia, a Gráfica e Editora Guanabara prestou serviços para a Assembleia de 1997 a 2000 e teria recebido 29 cheques no valor de R$ 882 mil, por serviços que nunca foram realizados.
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