O papa Bento 16 reiterou nesta segunda-feira sua condenação ao terrorismo, ressaltando que a prática “coloca em perigo um grande número de vidas inocentes e provoca um enorme sentimento de angústia”.
Em seu tradicional discurso de início de ano aos diplomatas credenciados no Vaticano, o pontífice renovou seu apelo “àqueles que fazem parte de grupos armados de qualquer tipo para que abandonem o caminho da violência e abram seus corações à alegria da paz”.
O papa destacou também que o mundo ainda está “marcado pela dramática” crise econômica que eclodiu em 2008 e que levou as principais nações do planeta à recessão no ano passado.
Bento 16 chamou a atenção para a “instabilidade social” gerada pelo colapso do sistema financeiro. “A mentalidade corrente, egoísta e materialista esquece os limites próprios e de cada criatura”, alertou. Para o líder católico, a raiz da crise não foi superada e ainda “ameaça” a população mundial.
No discurso desta segunda-feira, o pontífice também criticou as legislações referentes aos direitos civis de homossexuais. Segundo ele, trata-se de “leis e projetos que, em nome da luta contra a discriminação, atingem o fundamento biológico da diferença entre os sexos”.
Além disso, o papa reiterou sua oposição às teorias que defendem o controle de natalidade como forma de combater a mudança climática. Bento 16 disse que não se deve “contrapor a salvaguarda do ambiente à da vida humana, inclusive à da vida antes do nascimento”.
“É no respeito que o ser humano nutre por si próprio que se manifesta seu sentido de responsabilidade em relação ao criado”, enfatizou o papa, lembrando que o planeta “pode suficientemente nutrir todos os seus habitantes”.
da Ansa, na Cidade do Vaticano
F.Online