O desembargador Alberto Ferreira de Souza, em plantão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou no sábado (22) liberdade ao médico Fábio Liberali Weissheimer, membro da Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna (Proclin), preso durante a Operação Sangria, por fraudes na Saúde.
Em habeas corpus, Fábio argumentou que não foram expostos no decreto de prisão motivos suficientes para a medida cautelar considerada extrema. Ele destacou ainda suposta postura colaborativa desde o começo das investigações.
Em sua decisão, Alberto Ferreira afirmou que o médico Fábio Liberali não conseguiu desconstituir os indícios de que destruiu provas.
“Funcionária da empresa Proclin, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, confessou à autoridade policial que, após as denúncias realizadas na Câmara Municipal, o paciente recolheu documentos (papéis picados), acondicionando-os em sacolas plásticas, circunstância que, em princípio e em tese, sinaliza a sua ingerência no cenário delituoso, como membro da suposta organização criminosa e como responsável por obstruir as investigações”, salientou o magistrado.
“Logo, não configurado, às veras, o constrangimento ilegal alardeado na incoativa, indeferimos a instância por liminar”, consluiu Alberto Ferreira.
A Operação Sangria visa apurar esquema para monopolizar a Saúde no estado de Mato Grosso, criando esquemas de propina e fraudando licitações. Os alvos são contratos firmados com as Proclin, Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar (Qualycare) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o estado de Mato Grosso.
Foram alvos de mandados de prisão na terça-feira o ex-secretário de Saúde, Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
Com GazetaDigital