Mano Menezes até pouco tempo atrás dizia ter conseguido a proeza de fazer com que o torcedor decorasse o nome dos 11 titulares. Mas bastaram as saídas de André Santos, Cristian e Douglas para o Corinthians perder a identidade obtida nas conquistas do Paulistão e Copa do Brasil.
O São Paulo seguiu caminho inverso. Vetou a saída de titulares durante a janela de transações internacionais, tem uma formação já decorada pelos rivais, e aponta o elenco enxuto como o fator determinante para a escalada da equipe no Brasileiro.
Mudanças, estreias, alterações. Ricardo Gomes evita usar esses termos para montar o São Paulo. O técnico tricolor, aliás, costuma reiterar o discurso de que costuma utilizar de 16 a 17 jogadores do atual elenco. Contra o Corinthians, ele terá time completo.
“O São Paulo hoje joga da mesma forma do que antes. O Corinthians tem a possibilidade de mudar o time. Contrataram alguns jogadores, e nunca sabemos o que pode acontecer. É um adversário que sofreu modificações, e se o resultado será imediato ou não…”, comentou Ricardo Gomes, deixando a dúvida no ar.
Restando 13 rodadas para o término do Nacional, o Corinthians ainda tenta achar uma “cara”. Para isso, agendou para o clássico deste domingo, às 16 horas, a estreia do meia-atacante Matias Defederico, inscrito na CBF após longo tempo de espera da documentação junto ao Huracán, ex-clube do atleta. Foram dois jogos de fora à espera da regularização.
Outro reforço, o meia-atacante Edno deve fazer seu debute no Corinthians somente diante do Atlético-PR, dia 3 de outubro, no Pacaembu.
Reformulação é um processo natural no futebol, argumenta Mano Menezes. Apenas para a lateral-esquerda, Mano testou Marcelo Oliveira, Marcinho, Balbuena e Diego. Nenhum deles agradou como substituto de André Santos.
“Levamos o elenco para Itu justamente para abreviar o tempo de conhecimento do grupo, pois ganhamos o Marcelo Mattos, o Defederico. O Edno chegou. Quando um jogador tem qualidade, como é o caso do Defederico, fica muito mais fácil se entrosar com os demais jogadores”, opina Mano.
Bruno Thadeu e Carlos Padeiro
Em São Paulo UOL