O senador e deputado federal eleito, José Medeiros (PODE), usou sua conta no Twitter nesta tarde de quinta-feira (24) para comemorar o anúncio de desistência do deputado federal Jean Wyllys (PSOL), reeleito para o terceiro mandato na Câmara Federal. Jean, que está fora do país, informou que, além de não assumir o novo mandato, deixará o país.
“Cuspiu no presidente [Jair Bolsonaro, quando este era deputado], arrotou bravura, gritou resistência e vazou. “Brasil quem ama fica, quem ama cuida”. Estou muito feliz que uma pessoa que não aprecia a democracia tenha tomado essa decisão”, publicou o senador em dois textos curtos.
Antes disso, Medeiros ainda chamou o deputado, homossexual assumido, de “suaçu” – um sinônimo para o termo “veado”, popularmente usado como pejorativo a homens gays. “A deputada Marta Rocha teve o carro baleado, Bolsonaro foi esfaqueado, aí vem esse suaçu com essa conversinha de malandro, o caso é que [ele, Jean] percebeu que o mar não tava p peixe (SIC)”, publicou.
CARREIRA
José Medeiros foi eleito como 1º suplente de Pedro Taques (PSDB) no ano de 2010. Em 2014, quando o tucano venceu as eleições para governador de Mato Grosso, Medeiros assumiu a titularidade da cadeira.
Apesar de cutucar o deputado gay por uma suposta falta de coragem, o que demonstraria, pela construção social do papel masculino, uma covardia, Medeiros construiu seu mandato em cima de bate-bocas com colegas de oposição, sendo seu alvo favorito as senadoras da oposição.
Aliás, o senador já teve enfrentamentos com senadores homens, como é o caso de Lindberg Farias (PT), porém, a intensidade do debate não se compara às discussões com, por exemplo, as senadoras Kátia Abreu (PDT), Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Gleisi Hoffmann (PT).
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