Médico republicano apoiado por Trump e lenda do futebol americano democrata apoiado por Obama travam principal disputa; resultado mostrará avaliação de gestão Biden, além de definir os rumos do governo nos próximos anos
Conhecida por grandes centros urbanos e industriais em declínio, o estado americano da Pensilvânia ganha destaque nas Midterms, eleições de meio mandato para cargos legislativos do país. Dois candidatos não convencionais disputam uma cadeira deixada por um senador republicano, justamente a vaga que pode decidir o controle do senado dos Estados Unidos. De um lado está uma lenda do futebol americano, John Fetterman (Democratas), do outro há um cirurgião famoso, Mehmet Oz (Republicanos). Oz já teve até programa de TV premiado. O professor de cirurgia na Universidade de Columbia já recebeu oito Emmys pelo programa “The Dr. Oz Show”. Conhecido como “o cirurgião plástico de Hollywood”, ele enfrenta críticas de colegas da medicina, que o acusam e receitar a pacientes “suplementos milagrosos” sem indícios científicos para perda de peso. Oz agora se aventura na política com apoio do ex-presidente dos EUA Donald Trump, que, por sua vez, mantém considerável influência sobre os eleitores. O principal rival de Oz é John Fetterman, que possui mais de dois metros de altura e diversas tatuagens pelo corpo, além de estar sempre usando moletons, até mesmo nos comícios. Fetterman é ex-prefeito de uma pequena cidade da Pensilvânia. Ele se recupera de um derrame cerebral sofrido em maio, tendo dificuldade de encontrar algumas palavras ao discursar. Fetterman, que conta com o apoio do presidente Joe Biden e do ex-presidente Barack Obama, esteve à frente nas pesquisas por muito tempo, mas, na reta final, viu a vantagem desaparecer. A disputa é acirrada e pode definir se o partido Democratas, de Biden, seguirá tendo maioria no senado. A vitória ou derrota funcionará ainda como espécie de avaliação do atual governo. A eleitora Robin Thomas, de 25 anos, diz que votar no partido Democratas é muito importante nestas eleições para garantir os direitos das mulheres e também da saúde pública. Ryan Derkk, de 32 anos, defende que, apesar de serem mais locais, votar nas eleições legislativas também é importante.
*Com informações da repórter Carolina Abelin-JovemPan