O vereador de Cuiabá, Edivá Alves, nesta manhã de terça-feira (20), disse na tribuna que fez convites, através de e-mail, sedex, publicação na imprensa, etc., ao senador de Mato Grosso, Blairo Maggi, para que o mesmo viesse à Câmara Municipal dar esclarecimentos sobre as polêmicas envolvendo o seu nome, enquanto era governador do Estado.
De acordo com Edivá, foram selecionados alguns itens, dentre eles, estão: o superfaturamento dos maquinários, as cartas de crédito, o pagamento milionário à empresa Andrade Gutierrez, o enriquecimento de Dilceu Marquete e o pagamento milionário de contas atrasadas à construtora Encomind.
“Não é uma convocação. É apenas um convite que fiz como cidadão e não como político. O que eu quero é que ele venha até a Câmara falar sobre isso e explicar se ele era um partícipe desse desmando ou não sabia de nada. Ele deve ter um pouco de respeito para com a população, já que, por duas vezes, recebeu maciça votação do povo matogrossense”, afirma o parlamentar.
Segundo o vereador, Blairo evita de comentar sobre os escândalos por medo.
“É bem provável que ele tenha se omitido por falta de coragem para enfrentar os questionamentos, portanto, é um sinal de comprometimento com os escândalos, pois quem não deve não teme”, exclama Edivá.
Apesar da tentativa mal sucedida em levar o senador a dar esclarecimentos sobre os temas, Edivá promete entrar com um requerimento, na próxima sessão, pedindo a convocação do senador à Câmara Municipal.
“Como há vereadores que acham que o senador não deve explicar nada, que a população não merece esses esclarecimentos, eu vou transformar em um convite da Câmara de Cuiabá e, a partir daí, nós vamos poder saber qual o vereador que gosta de transparência e lisura”, reclama Edivá.
O parlamentar se referia ao colega de bancada, Domingos Sávio, que o criticou na tribuna dizendo que o mesmo deveria olhar, primeiramente, ao partido que é filiado.
“O nobre vereador deveria olhar para o seu próprio “umbigo” e parar de fazer oposição ao governo. O senhor fica criticando o senador, mas esquece do seu partido; falaram de entregar cargos, no entanto até agora nada aconteceu”, critica Sávio.
Ediva por sua vez rebate as criticas afirmando que não tem nada a ver com a conduta de outros políticos.
“Para eu ser político, preciso estar filiado a um partido. Se há pessoas que não possuem caráter dentro do meu partido, não sou responsável por elas; sou responsável por mim e eu estou fazendo aquilo que me compete”, rebate Edivá.
Andrieli Picinatto