“O crescimento voltará a decolar no fim do próximo ano, embora ainda haja muitos riscos, como o de uma nova catástrofe no mundo das finanças”, afirmou o chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Strauss-Kahn considerou também que há um risco “real” de o crédito “não voltar a decolar” e que, por isso, “é legítimo pressionar os banqueiros para obrigá-los a emprestar”.
“Os banqueiros emprestaram dinheiro a qualquer pessoa sem medir os riscos e agora estão tão assustados que não emprestam a mais ninguém”, declarou.
O executivo disse que o papel do FMI não é salvar o “capitalismo mundial” e comentou que a maioria dos dirigentes do planeta “não mediu a dimensão da crise e, portanto, não reagiu como devia a ela até meados deste ano”.
Ele admitiu que o mundo está vivendo uma “crise do capitalismo”, embora ela não anuncie o fim da economia de mercado. “O que está em queda é o liberalismo desenfreado, o egoísmo e a desregulamentação em todos os âmbitos”, disse.
U.Seg