A economia dos Estados Unidos surpreendeu e cresceu 0,6% no primeiro trimestre, mesma taxa verificada no quarto trimestre do ano passado. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu mais que o esperado no início de 2008, ajudada pelo aumento dos estoques, que compensou a deterioração do setor imobiliário e o gasto menos vigoroso dos consumidores.
A média das estimativas para o crescimento do PIB dos EUA feitas por analistas ouvidos pela Reuters era de 0,2%, mas havia especialistas que previam até retração de 0,8%.
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, responsável pelos dados, o crescimento foi puxado pelo consumo de serviços pelas famílias, por investimentos das empresas em estoques e pelas exportações. Contribuíram negativamente, segundo o Departamento de Comércio, os investimentos fixos e os gastos em bens duráveis.
Economia enfraquecida
Apesar do desempenho acima do previsto, detalhes do relatório sobre o PIB refletem o enfraquecimento que analistas temem que provocará uma recessão. O dado do primeiro trimestre ainda será revisado duas vezes nos próximos meses.
O gasto do consumidor, que corresponde a dois terços da atividade econômica, cresceu na menor taxa desde o segundo trimestre de 2001, quando a economia estava em recessão. O crescimento foi de 1,0%, ante 2,3% no quarto trimestre do ano passado.
As compras de bens duráveis caíram 6,1% no primeiro trimestre, depois de elevação de 2% no trimestre anterior. As compras de bens não duráveis cederam 1,3% no primeiro trimestre. Os gastos com serviços subiram 3,4%.
De modo geral, os gastos com consumo tiveram contribuição de 0,68 ponto porcentual para o crescimento do PIB do primeiro trimestre, uma participação inferior à registrada no quarto trimestre, de 1,58 ponto porcentual.
O enfraquecimento no setor imobiliário foi ainda mais gritante. Os gastos com construção residencial despencaram 26,7%, a queda mais forte desde o final de 1981.
Em 2007, a expansão da economia americana havia sido de 2,2%, a menor taxa anual desde 2002.
O crescimento no trimestre é divulgado em uma taxa anualizada, o que significa que, se nos próximos três trimestres o crescimento fosse idêntico ao do primeiro trimestre, esta seria a expansão ao final do ano.
Com informações da Reuters e da Agência Estado