As possíveis fraudes nas eleições do Hospital Militar de Mato Grosso, aconteceu no dia 06 de outubro de 2019, começam a ganhar proporções mais sérias.
Nesta quarta-feira a 4ª Câmara do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, vai julgar as eleições daquele ano, quando houve a acusação de fraudes quanto a falsificação do boletim de urna que alterou o resultado das eleições. Além disso, ainda são acusados de diversas irregularidades no processo da eleição, tanto na formação da comissão eleitoral (que teria sido formada por servidores da instituição que seriam, diretamente beneficiados), quanto nas análises das impugnações das chapas que foram inscritas.
O presidente da Associação Beneficente de Saúde dos Militares de Mato Grosso da época, e o vice-presidente, José Kléber Duarte Santos, teriam agido para beneficiar a sua chapa e impugnado a chapa 6 ilegalmente, representada pelo coronel Edson Leite da Silva. Segundo informações, o Ministério Público já teria reconhecido que Leite não possui nenhuma condenação, argumento utilizado para justificar que chapa fosse impugnada.
Mesmo diante da situação, com a chapa impugnada, Leite foi pra disputa como a legislação eleitoral permite e, consequentemente, ganhou a eleição com diferença de 11 votos.
ENTENDA MELHOR
No dia 18 de fevereiro de 2020, por orientação do MP a juíza da vara civil de Cuiabá, Dra. Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro acatou a decisão para que fosse nomeado um interventor e quem deveria escolher tal interventor seria o Comandante-Geral da Polícia Militar de MT Jonildo José de Assis. Assis, emitiu uma decisão, passando a responsabilidade de solucionar as fraudes nas eleições do hospital para o Coronel da Reserva aposentado, Dival Pinto Martins.
Diante da situação, o coronel Dival fez um trabalho minucioso e deu o parecer de que realmente quem ganhou foi a chapa do coronel Leite e que o mesmo deveria tomar posse. O documento foi entregue à justiça a mais ou menos um ano e seis meses e agora será julgado.
Contudo, quando o interventor falou que foi a chapa de Leite que havia ganhado, o outro grupo discordou e começou a protocolar várias documentações, entre elas, o boletim de urna falso. Porém, a advogada da chapa eleita, havia enviado um e-mail para o TRE, pedindo um boletim de urna verdadeira. Diante disso, o Ministério Público interviu e pediu para abrir um inquérito para investigar quem falsificou o boletim, até porque é um documento público. Amanhã, a justiça irá sentenciar a ação da tão questionada eleição da presidência do Hospital Militar de Mato Grosso.
Fonte: VOZ MT …Texto: Marcia Martins