quinta-feira, 07/11/2024
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Duzentos soropositivos aguardam por exame de carga viral em VG

Cerca de 200 soropositivos estão na fila de espera em Várzea Grande, desde outubro do ano passado, para realizar o exame de carga viral – que mede a extensão do vírus da Aids, o HIV, no organismo dos portadores da doença. O atraso é resultado de problemas de licitação (compras) no Ministério da Saúde.

A gerente do Serviço de Assistência Especializada (SAE), Lindamar Saragiotto, explica que o exame de carga viral é necessário para o tratamento do portador do vírus da Aids. O SAE é um desdobramento da Secretaria Municipal de Saúde e funciona juntamente com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).

“Quando o primeiro exame dá positivo, é obrigatório fazermos outro para a confirmação. Se os dois forem positivos, precisamos conhecer a carga viral para prescrever a medicação correta, principalmente as quantidades a ser receitada. Ou seja, a pessoa que descobriu que tem o vírus em outubro, aguarda até agora pela medicação”. Ele acrescenta ainda que o soropositivo tem de realizar o exame de carga viral a cada três meses. “Nesta situação existem pacientes sem a primeira avaliação da carga viral e pacientes com o exame em atraso”.

Lindamar explica que cerca de 50% desses pacientes em fila de espera não necessitam de medicação, pois apenas têm o HVI, mas não manifestam sintomas decorrentes da doença. “Mesmo sem a necessidade de remédio, este paciente é acompanhado pelo SAE/CTA e deve de três em meses avaliar a carga viral”, frisa.

A gerente esclarece que todo o atendimento prestado pelo município, por meio do SAE/CTA, permanecem inalterados. “Mantemos a rotina de realização do Elisa, que diagnostica a presença do HIV e também o exame de confirmação. Todos os soropositivos passam por consultas e quem apresenta os sintomas decorrentes da Aids recebe tratamento, por meio da distribuição gratuita de remédios”.

Lindamar alerta que independentemente de tratamento, sintomas, o portador do vírus tem de fazer o exame de carga viral para monitorar o desenvolvimento das doenças decorrentes da Aids, como por exemplo, tuberculose e pneumonia.

AIDS – O HIV enfraquece o sistema imunológico (defesa) do organismo e por isso surgem as doenças chamadas de oportunistas. O vírus pode levar de oito a dez anos para se desenvolver no organismo e por este período o portador não revela – pelo aspecto físico (visual) – a contaminação.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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