quinta-feira, 21/11/2024
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Doze Estados projetam fechar o próximo ano com rombo nas contas

Mesmo ap&oacutes um socorro bilion&aacuterio do governo federal, com o al&iacutevio no pagamento da d&iacutevida com a Uni&atildeo, a crise nos Estados deve ter um novo cap&iacutetulo em 2017. Doze governos estaduais projetam um d&eacuteficit prim&aacuterio em seus or&ccedilamentos no ano que vem, segundo levantamento feito pelo Broadcast, servi&ccedilo de not&iacutecias em tempo real do Grupo Estado, e outros admitem a possibilidade de frustra&ccedil&atildeo de receitas, o que levaria a uma lista maior de resultados negativos.

No total de 26 Estados (apenas o Amap&aacute n&atildeo informou suas estimativas), entre super&aacutevits e d&eacuteficits projetados para o ano que vem, o rombo acumulado chega a R$ 32,5 bilh&otildees.

Ap&oacutes verdadeiras peregrina&ccedil&otildees de governadores e secret&aacuterios de Fazenda por gabinetes em Bras&iacutelia, os Estados conseguiram que a Uni&atildeo acenasse com a renegocia&ccedil&atildeo da d&iacutevida e com a divis&atildeo dos recursos obtidos com o programa da repatria&ccedil&atildeo, que injetou R$ 11 bilh&otildees nos cofres estaduais este ano e deve ter nova edi&ccedil&atildeo em 2017. Tudo isso garantiu um al&iacutevio moment&acircneo, mas ficou longe de resolver o problema.

A principal aposta dos governadores era de que a economia reagisse no ano que vem, o que teria efeito positivo sobre a arrecada&ccedil&atildeo. Mas as expectativas em rela&ccedil&atildeo ao crescimento em 2017 n&atildeo param de cair, jogando uma p&aacute de cal nos planos de recupera&ccedil&atildeo no curto prazo. Enquanto isso, os compromissos do dia a dia seguem se acumulando, e n&atildeo &eacute dif&iacutecil encontrar casos de Estados que v&atildeo virar o ano sem ter pago o 13.&ordm sal&aacuterio a seus servidores.

Um deles &eacute o Rio de Janeiro, que enfrenta uma das situa&ccedil&otildees mais delicadas e foi o primeiro a decretar calamidade financeira. Em 2017, o Rio deve ter o maior rombo entre os Estados: R$ 19,3 bilh&otildees, segundo estimativas do governo fluminense. Os gastos com Previd&ecircncia explicam boa parte do d&eacuteficit: hoje o Estado tem uma folha de inativos praticamente igual &agrave de servidores na ativa. Para tentar equilibrar as contas, o governador Luiz Fernando Pez&atildeo encaminhou um duro pacote de medidas de ajuste, mas as propostas enfrentam forte resist&ecircncia de pol&iacuteticos e servidores.

No grupo dos que decretaram calamidade financeira, Minas Gerais prev&ecirc um resultado negativo em R$ 8,06 bilh&otildees no ano que vem, ap&oacutes um rombo na mesma magnitude este ano. H&aacute ainda Estados que usam da criatividade na formula&ccedil&atildeo das contas, como o Rio Grande do Sul, cuja proje&ccedil&atildeo oficial &eacute de um super&aacutevit de R$ 1,2 bilh&atildeo. Para isso, o Estado incorporou R$ 2,9 bilh&otildees em receitas extraordin&aacuterias para cobrir d&eacuteficit, que o pr&oacuteprio governo reconhece que n&atildeo ir&atildeo se realizar.

Se considerarmos o que estamos arrastando de despesa de 2016 para 2017 e tudo o que vai faltar de receita, o d&eacuteficit vai ultrapassar R$ 5 bilh&otildees, diz o secret&aacuterio de Fazenda ga&uacutecho, Giovani Feltes.

No Paran&aacute, o d&eacuteficit previsto &eacute de R$ 4,1 bilh&otildees, mas o governo diz que o dado efetivo ser&aacute pr&oacuteximo de zero &ampndash mas para isso, conta com receitas incertas, de opera&ccedil&otildees ainda em estrutura&ccedil&atildeo, como securitiza&ccedil&atildeo de receb&iacuteveis (cujo projeto de lei federal ainda est&aacute em tramita&ccedil&atildeo) e empr&eacutestimos que ainda precisam do aval da Uni&atildeo. &Eacute uma quest&atildeo cont&aacutebil, algumas receitas n&atildeo entram como receita prim&aacuteria, minimiza o secret&aacuterio de Fazenda do Paran&aacute, Mauro Ricardo Costa.

Mesmo Estados que projetam super&aacutevit prim&aacuterio no ano que vem j&aacute avaliam revisar essas proje&ccedil&otildees. Isso porque a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2017 est&aacute cada vez menor &ampndash o mercado j&aacute prev&ecirc alta de 0,5%, metade da estimativa oficial do governo (1%).

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As informa&ccedil&otildees s&atildeo do jornal&nbspO Estado de S. Paulo.ISTO&Eacute

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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